O executivo Roberto Paraíso Ramos assume nesta segunda-feira a presidência da Braskem, a multinacional com sede na Bahia. Roberto Ramos tem mais de 70 anos, foi vice-presidente da Braskem entre 2002 e 2010 e tem expertise na área, conhecendo profundamente a Brakem.
Ramos atuou como CEO da Ocyan, onde foi peça-chave na reestruturação do portfólio de óleo e gás da Novonor.
Além disso, é visto também como um movimento estratégico da Novonor para consolidar a reestruturação do grupo e preparar a empresa para uma possível entrada de novos sócios.
Ramos tem um perfil “odebrecheriano”, e é muito próximo de Emílio Odebrecht e de Maurício Odebrecht, filho mais novo de Emílio, e atual presidente do Conselho de Administração da Novonor.
Amigo de Emílio Odebrecht há muitos anos, Ramos teria mais condições de viabilizar muito os diferentes desafios da venda da empresa.
O novo CEO da empresa deve mudar a diretoria e o mercado já precificou que sua ascensão fortalece a ideia de que a negociação da Braskem será facilitada com a proximidade do gestor a família Odebrecht. Alguns dos bancos, que hoje detém uma dívida de R$ 15 bilhões, são contrários à manutenção de uma fatia da Braskem na mão da Novonor, hoje em recuperação judicial.
O novo CEO da Braskem terá dois problemas a resolver: o primeiro é o ciclo negativo do setor petroquímico global; o outro é como vender uma empresa vale menos do que sua dívida com os bancos.
Setores do mercado consideram, no entanto, que o novo presidente da empresa pode ter melhores condições de negociar com a Petrobras, o outro controlador da Braskem.
Atualizada às 12:20