O governo do Estado, através da empresa BahiaInveste, realizou esta semana a apresentação do projeto de Operação do Terminal Portuário Privativo Miguel de Oliveira aos interessados, com vistas ao lançamento do edital para concessão da privatização do porto.
A concessão será apenas para o uso e a operação do porto privado por um período de 25 ou 30 anos, e não vai incluir a propriedade que permanecerá em posse do Estado.
Em contato com o portal Bahia Econômica, o diretor presidente da BahiaInveste, Paulo Guimarães, afirmou que a ideia é que o ente público permaneça com a posse para dar garantia de uso a todos os agentes e garantir que não haja taxas e tarifas elevadas.
“ A ideia é que seja um terminal de carga geral e possa operar várias cargas juntando-se aos terminais que já existem na Baía de Todos os Santos para formar hub portuário de carga geral, com capacidade de centralizar essas cargas, inclusive para distribuí-las para outras localidades”, disse Guimarães.
Guimarães disse que o governo resolveu adiar um pouco a definição da data da licitação, mas garantiu que há muitos interessados, entre eles as empresas do Polo Industrial de Camaçari, a BYD e operadoras portuárias como Wilson Sons, TPC, Intermarítima e outras. Segundo ele, ainda não é possível definir qual o valor da concessão sendo que inicialmente os investimentos serão aqueles necessários para colocar o porto em operação.
“O porto já está autorizado a movimentar carga geral e tem possibilidades de atender ao setor automobilístico, eólico, solar e outros. E existe demanda para outras cargas. A BYD, por exemplo, mais que interesse, tem necessidade de usar o terminal”, disse o diretor.
Segundo ele, o governo está acompanhando as discussões sobre a Concessão da FCA, lembrando que existe um ramal ferroviário saindo do Polo de Camaçari para o Porto de Aratu.