A queda na taxa de desocupação da Bahia, no 3º trimestre de 2024, foi resultado da combinação do aumento no número de pessoas trabalhando com a queda do número de pessoas desocupadas (ou desempregadas). Ambos atingiram seus melhores patamares para o período, nos 12 anos de série histórica da PNAD Contínua. De julho a setembro, a população ocupada (que estava trabalhando, fosse em ocupações formais ou informais) ficou em 6,344 milhões de pessoas, na Bahia.
Cresceu 3,0% frente ao trimestre anterior, quando havia sido de 6,159 milhões, o que representou mais 185 mil ocupados no período. Na comparação com o 3º trimestre de 2023 (quando 6,138 milhões de pessoas estavam ocupadas), também seguiu em alta, com um saldo de mais 206 mil trabalhadores em um ano (+3,4%). Assim, o número de pessoas trabalhando na Bahia foi o maior para um 3º trimestre em toda a série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.
Já a população desocupada (que não estava trabalhando, procurou trabalho e poderia ter assumido caso tivesse encontrado) no estado caiu 11,4% (-88 mil desocupados) em relação ao 2º trimestre, chegando a 681 mil pessoas entre julho e setembro – o menor número de desocupados para um 3º trimestre em toda a série histórica. Frente ao 3º trimestre de 2023, houve uma redução de 27,8% no número de pessoas procurando trabalho na Bahia (-262 mil).
Por sua vez, entre o 2º e o 3º trimestres de 2024, a população que estava fora da força de trabalho (que por algum motivo não estava trabalhando nem procurou trabalho) também diminuiu um pouco, na Bahia. Passou de 5,314 milhões para 5,287 milhões de pessoas (-0,5% ou menos 27 mil pessoas). Frente ao 3º trimestre de 2023, no entanto, seguiu aumentando (+3,4%), com mais 175 mil pessoas fora da força de trabalho, em um ano.
Dentre as pessoas fora da força de trabalho, o subgrupo das desalentadas cresceu entre o 2º e o 3º trimestres, no estado (+5,3% ou mais 28 mil pessoas), chegando ao total de 553 mil pessoas. Frente ao 3º trimestre de 2023, porém, houve queda de 3,7% nessa população (menos 21 mil pessoas desalentadas em um ano).
A Bahia segue com o maior número absoluto de desalentados do país, posto que detém ao longo de toda a série da PNAD Contínua, desde 2012. No 3º trimestre de 2024, no Brasil, havia 3,106 milhões de desalentados, número que caiu tanto frente ao 2º trimestre deste ano (-4,4% ou menos 144 mil pessoas), quanto em relação ao 3º trimestre de 2023 (-11,3% ou menos 397 mil pessoas).
A população desalentada é aquela que está fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade. Entretanto, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.
Na cidade de Salvador e na Região Metropolitana da capital, os movimentos no mercado de trabalho, entre julho e setembro, foram parecidos com os verificados na Bahia como um todo. Houve aumento na população ocupada e queda na desocupação, tanto frente ao 2º trimestre de 2024 quanto ao 3º trimestre de 2023; e a população fora da força de trabalho diminuiu do 2º para o 3º trimestre deste ano, mas cresceu frente ao 3º trimestre do ano passado.
No 3º trimestre de 2024, em Salvador, havia 1,403 milhão de pessoas ocupadas (frente a 1,296 milhão no trimestre anterior e 1,369 milhão no 3º tri/23). Por outro lado, 174 mil pessoas estavam desocupadas (frente a 229 mil no 2º trimestre e a 244 mil no 3º tri/23). Outras 937 mil pessoas estavam fora da força de trabalho (frente a 965 mil e a 862 mil, respectivamente).
Considerando toda a região metropolitana da capital, 1,904 milhão de pessoas trabalhavam (frente a 1,789 milhão no trimestre anterior e 1,810 milhão no 3º tri/23), enquanto 280 mil estavam desocupadas (frente a 315 mil e 357 mil respectivamente). Um total de 1,245 milhão de pessoas estavam fora da força de trabalho no 3º trimestre deste ano (eram 1,287 milhão no 2º tri e 1,187 milhão no 3º trimestre de 2023).
Foto: WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL