O aumento da população ocupada no 3º trimestre de 2024, na Bahia, frente ao trimestre anterior, foi puxado com mais força pelo crescimento no número de trabalhadores informais, principalmente por conta própria sem CNPJ e empregados no setor privado sem carteira assinada.
Do 2º para o 3º trimestre, na Bahia, o total de trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) passou de 1,318 milhão para 1,421 milhão, o que representou mais 103 mil pessoas trabalhando nessa condição, em três meses (+7,8%).
O contingente ainda era, porém, 4,0% menor do que o verificado no 3º trimestre de 2023, quando havia 1,480 milhão de contas-próprias sem CNPJ no estado.
Já o número de empregados sem carteira de trabalho aumentou 5,8% entre o 2º e o 3º trimestres, de 1,254 milhão para 1,327 milhão, o que representou mais 73 mil pessoas no período e levou esse grupo ao seu maior tamanho nos 12 anos de série histórica da PNAD Contínua (desde 2012).
Outro grupo de informais que cresceu do 2º para o 3º trimestre foi o de empregados domésticos sem carteira assinada, de 297 mil para 343 mil pessoas, num aumento de 15,5% ou mais 46 mil pessoas trabalhando dessa forma, na Bahia.
Por outro lado, o número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada voltou a cair no 3º trimestre, frente ao trimestre anterior, depois de dois aumentos consecutivos nessa comparação. Ficou em 1,713 milhão, 1,3% menor do que no 2º trimestre, o que representou menos 23 mil pessoas nessa condição, em três meses.
Essas variações nas formas de inserção no mercado de trabalho baiano levaram a taxa de informalidade a voltar a subir no estado, ficando 51,7% no 3º trimestre, frente a 49,4% no trimestre anterior. Entre julho e setembro, 3,280 milhões de pessoas trabalhavam como informais na Bahia, contingente que cresceu 7,7% frente ao 2º trimestre de 2024 e ficou 2,7% maior do que no 3º trimestre de 2023.
São considerados informais os empregados no setor privado e domésticos que não têm carteira assinada, os trabalhadores por conta própria ou empregadores sem CNPJ e as pessoas que trabalham como auxiliares em algum negócio familiar.
Desocupação em queda no estado/Foto: Marcelo Camargo/ABR