Após cinco anos sem registros de óbitos por coqueluche na Bahia, uma bebê de 9 meses morreu vítima da doença em Teixeira de Freitas, na região sul. A cobertura vacinal da coqueluche no estado da Bahia está abaixo do necessário. Enquanto a meta do Ministério da Saúde (MS) é de vacinar 95% desta faixa etária, a média do estado é de 85,57% – a segunda menor da região Nordeste. O estado só tem taxa de vacinação inferior a de Pernambuco, que tem cobertura de 84,92% entre os menores de 1 ano, segundo o Ministério da Saúde. Piauí tem o maior índice de vacinação, com 96,20% do público-alvo imunizado contra a coqueluche. É o único estado que supera a meta do governo federal (veja a lista completa abaixo). No ranking brasileiro, a Bahia aparece em 21° lugar.
O calendário vacinal atualizado evita mortes pela doença. Além das crianças, que devem tomar a primeira dose do imunizante aos 2 meses, gestantes devem se vacinar contra a coqueluche. Os anticorpos das mães são transmitidos para os bebês. O risco de maior gravidade da doença acontece em crianças menores de 1 ano e, especialmente, entre as menores de 6 meses. “A coqueluche é uma doença imunoprevenível. Nós temos uma vacina eficaz que combate a doença. Ela é administrada em conjunto com as vacinas de difteria e tétano nos primeiros anos de vida”, explica o infectologista Victor Castro Lima, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Esquema vacinal
O esquema de vacinação contra a coqueluche é o seguinte:
Além disso, a vacina DPT para adultos é recomendada para:
Cobertura vacinal contra coqueluche em crianças menores de 1 ano por estado, segundo o Ministério da Saúde :
Crédito: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF