Após dois dias de intensos debates, reflexões e trocas de experiências, a importância do Conselho Estadual de Educação no processo de construção de uma escola inclusiva foi destaque em todo ‘CEE & as escolas privadas’ da Bahia. A segunda edição do evento que teve início nesta segunda-feira (18) e encerrou-se nesta terça-feira (19), no Fiesta Convention Center, em Salvador, reuniu cerca de mil participantes, entre gestores, educadores, pedagogos e autoridades, para discutir o papel da educação inclusiva e a transformação do ensino privado no Sistema Estadual de Educação da Bahia.
Sob o tema central “Educação Inclusiva e Transformadora”, o evento trouxe à tona questões urgentes e complexas, como a acessibilidade nas práticas pedagógicas, o uso consciente de tecnologias em sala de aula e a busca por soluções para os crescentes desafios da violência escolar. A participação de especialistas renomados, como a promotora Cíntia Guanaes, da professora Enicéia Mendes (UFSCar) e da juíza Maria Fausta Cajahyba Rocha, deu peso e profundidade aos debates, inspirando os presentes a reimaginar suas práticas e reforçar o compromisso com uma educação que valorize as diferenças e promova o respeito à diversidade.
O uso da tecnologia como ferramenta para a inclusão também foi amplamente discutido, especialmente em um contexto em que celulares e dispositivos digitais são tanto aliados quanto desafios em sala de aula. Temas como o impacto do Novo Ensino Médio e as abordagens restaurativas para combater o bullying foram debatidos com profundidade, mostrando que os problemas enfrentados pelas escolas privadas não são isolados, mas refletem uma realidade compartilhada em todo o país. Ao debater temas como violência escolar e justiça restaurativa, os participantes reconheceram que as instituições de ensino precisam assumir um protagonismo maior na formação de cidadãos éticos e conscientes.
Para o presidente do CEE-BA, Roberto Gondim Pires, o encontro cumpriu seu propósito de aproximar o Conselho das escolas privadas, criando um espaço onde ideias, dúvidas e propostas pudessem ser ouvidas e respondidas. “O que vimos nesses dois dias foi um compromisso coletivo em transformar os desafios em oportunidades. Esse diálogo, ouvindo a comunidade escolar, nos ajuda a construir políticas educacionais que façam sentido para as escolas e, principalmente, para os alunos”.
Os participantes destacaram a importância de encontros como este para promover a transparência nas decisões do CEE-BA e fortalecer a relação entre as instituições privadas e o Conselho. Para muitos gestores presentes, a troca de experiências e as orientações claras sobre as normativas educacionais serão fundamentais para alinhar as práticas pedagógicas às diretrizes estabelecidas. O sucesso do encontro não apenas reforçou a relevância de uma gestão democrática e inclusiva no ambiente escolar, mas também consolidou o Conselho Estadual de Educação da Bahia como um ator-chave no alinhamento de políticas educacionais inclusivas e inovadoras.
Roberto Gondim, no encerramento da 2ª edição do “Conselho de Educação & Escolas Privadas”, reafirmou o papel da educação não apenas como direito, mas como um caminho essencial para construir um futuro mais inclusivo, justo e transformador para toda a Bahia.
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