O ex-presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, montou a primeira “holding” nacional de clubes de futebol, a Squadra Sports, que já controla quatro equipes brasileiras. Este ano, sua empresa comprou a SAF do Londrina (PR), time da Série C do Campeonato Brasileiro, e assumiu o controle também do Ypiranga, um dos clubes mais tradicionais da Bahia, Assumiu o Linense, time da segunda divisão do futebol paulista e comprou 50% do paraibano VF4, time que Victor Ferraz.
Agora prepara sua primeira rodada de captação de investimento. A Squadra Sports, quer captar recursos, assumir as operações de mais dois clubes nacionais e comprar uma equipe em Portugal.
A operação poderá ser tanto a venda de participação na Squadra ou via estruturação de um fundo de investimento em direito creditório (FIDC), disse o empresário ao jornal Valor Econômico.
O plano de negócios da Squadra prevê de duas a três rodadas de investimento entre 2024 e 2030, quando a operação passará a ser rentável, projeta Bellintani. Ao todo, o projeto consumirá € 30 milhões nesses seis anos, ou o equivalente a cerca de R$ 180 milhões. A meta é levantar um terço desse valor na primeira rodada.
Com mais dois clubes, a Squadra quer concluir as aquisições para formar sua rede de equipes no Brasil. Uma das aquisições será no Rio de Janeiro e uma na região central do país – Goiânia e Brasília são as cidades-alvo. “Com esses seis clubes, teremos 60% da população brasileira em um raio de até 500 quilômetros. Isso significa 60% das crianças e jovens de 5 a 19 anos”, diz Bellintani.
Formar novos jogadores é o cerne do projeto da Squadra, que, quando estiver com sua rede funcionando a plena carga, prevê ter 700 jogadores em formação, além de 300 alocados em equipes das duas principais divisões do futebol brasileiro e participação em jogadores em times da Europa. “Os clubes das Séries A e B não serão meus concorrentes, mas meus clientes”, diz Bellintani.
Uma série de grupos nacionais têm testado as águas do novo negócio que surgiu com as SAF, mas a Squadra é a primeira empresa a se estabelecer como uma rede, nos moldes do que já fazem grupos estrangeiros. Com informacões do Valor Econômico.