Na Bahia, em 2022, a população que vivia em favelas era mais feminina do que em geral. Dentre as 1.370.262 pessoas moradoras de favelas no estado, 53,4% eram mulheres (73.2093), frente a uma participação feminina de 51,7% na população total. No Brasil, as mulheres também eram discretamente mais representativas nas favelas (51,7%) do que no geral (51,5%). Já em Salvador, elas tinham uma participação um pouco menor entre quem vivia em favelas (53,9%) do que no total da população (54,4%).
Quase 9 em cada 10 favelas e comunidades urbanas baianas (87,9% ou 503 das 572) tinham maioria de mulheres na população.
As mais femininas eram Campo do Quingoma I – Lauro de Freitas (58,2% de mulheres), Vila Matos – Salvador (58,0%) e Nova Esperança – Feira de Santana (57,8%). As maiores proporções de homens estavam em Paz e Vida – Salvador (61,4% de população masculina), Padre Aparecido – Teixeira de Freitas (56,5%) e Ponto Certo – Camaçari (53,9%).
Além de mais feminina, a população que morava em favelas, na Bahia, em 2022, também era mais preta do que no total do estado. Quase 4 em cada 10 pessoas que viviam em favelas baianas eram pretas (39,2% ou 537.063), frente a uma participação de 22,4% na população em geral.
A proporção de pretos era ainda maior nas favelas de Salvador (42,2%), acima da já elevada participação na população em geral do município (34,1%). Pouco mais da metade das pessoas pretas que viviam em Salvador moravam em favelas: 435.515 ou 52,8% das 825.509.
No Brasil, as pessoas pretas eram 16,1% das que moravam em favelas e comunidades urbanas e 10,2% da população total.
Em 36,0% das favelas baianas (206 das 572) mais de 40,0% da população era preta. Quebra Bunda/Chácara Santo Antônio – Salvador, com 87,2% da população preta, Jaraguá I – Camaçari (62,1%) e Chácara Taiti – Lauro de Freitas (61,6%) tinham os maiores percentuais.
Por outro lado, a proporção de pessoas idosas, de 60 anos ou mais de idade, nas favelas e comunidades urbanas baianas (12,7% ou 174.406 pessoas) ficava abaixo da população em geral (15,3%), indicando uma menor longevidade nesses locais. No Brasil, essa diferença era ainda maior, com 10,5% de pessoas idosas em favelas, frente a 15,8% na população em geral. Já nas favelas soteropolitanas, 13,3% da população era idosa, frente a uma participação de 16,5% na população em geral.
Em 8 de cada 10 favelas baianas (82,7% ou 473 das 572), a participação de pessoas idosas na população era menor do que a verificada na população em geral do estado, ou seja, abaixo de 15,3%.
Na Bahia, as favelas com maior participação de pessoas idosas na população eram Fortaleza – Salvador (onde 24,9% da população tinha 60 anos ou mais), Invasão de São Lázaro – Salvador (24,3%), e Gantois – Salvador (22,6%). Já as menores participações de pessoas idosas estavam nas populações das favelas Bombinha – Araci (2,5%), Paz e Vida – Salvador (2,9%), e Santa Bárbara – Lauro de Freitas (3,1%).
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