A inflação de outubro na Região Metropolitana de Salvador (0,48%) foi resultado de altas nos preços em 8 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. Assim como em setembro, as despesas com habitação tiveram o maior aumento médio, 1,27% – o mais intenso para um mês de outubro em 7 anos, desde 2017 (quando o IPCA do grupo tinha sido 1,39%).
Além de ter apresentado o maior aumento médio de preços, a habitação também exerceu a principal contribuição para a alta da inflação de outubro na RM Salvador, puxada fortemente pela energia elétrica residencial (4,04%), item que individualmente mais elevou o custo de vida. A forte alta da energia elétrica se deu porque, em outubro, esteve em vigor a bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$7,87 a cada 100 kwh consumidos.
O grupo das despesas pessoais (1,11%) apresentou o segundo maior aumento médio de preços na RM Salvador em outubro e deu a segunda contribuição mais importante para a alta da inflação no mês. O grupo foi puxado com mais força pelas altas do cinema, teatro e concertos (15,06%), item com o maior aumento no mês, dentre todos que compõem o IPCA na região.
Após três meses de deflação na RM Salvador, o grupo alimentação e bebidas (0,49%) voltou a registar alta média de preços em outubro, sendo a terceira maior contribuição para a alta da inflação na região, puxada, principalmente, pela alta das carnes (5,20%).
Por outro lado, dos 10 produtos e serviços cujos preços mais diminuíram em outubro, na RMS, 8 foram alimentos, liderados por manga (-27,88%), cebola (-17,43%) e melancia (-15,37%).
Registrando a segunda deflação consecutiva, os transportes (-0,24%) foram o único grupo a registrar queda média de preços na RM Salvador, em outubro, influenciado pelas reduções do transporte público (-1,86%), principalmente, da passagem aérea (-9,33%), que o item que mais ajudou a segurar a inflação da região no mês, e do ônibus urbano (-2,48%). Além disso, houve queda no preço dos combustíveis (-0,98%), como a gasolina (-0,76%) e o etanol (-4,50%).
(Getty Images)