Com o objetivo de fortalecer uma cultura de paz, os estudantes do Colégio Estadual Renan Baleeiro, em Águas Claras, participaram, ativamente, de um encontro promovido pelo Governo do Estado, por meio da Coordenação Geral de Políticas Públicas para Juventude (Cojuve), no âmbito do programa Bahia pela Paz. A iniciativa, realizada nesta sexta-feira (8), levou música, debates e atividades culturais à escola.
O estudante Iarley Coutinho dos Santos, de 15 anos, teve a oportunidade de mostrar o talento musical durante o evento. Para ele, a música é uma forma de inspirar outros jovens e mostrar que existem caminhos positivos a seguir. “Eu acho muito importante para os jovens, porque tem uma pessoa da idade deles cantando ali, na frente. Isso pode inspirar e dar um ânimo a mais para eles”, disse.
Erick Amaral, de 18 anos, estudante do Colégio Renan Baleeiro há sete, participou da batalha de rimas e reconheceu a importância de iniciativas como o ‘Bahia pela Paz’ para a prevenção da violência. “A comunidade precisa de paz”, observou. Ele acredita que a oferta de atividades esportivas, culturais e de lazer dentro da escola é fundamental para atrair os jovens e afastá-los do caminho da violência e do crime. “Quando você dá mais opções, o jovem vai querer estar na escola, se você oferecer o que eles gostam”, afirmou.
A importância de oferecer oportunidades aos jovens através da arte, da cultura e da educação como forma de protegê-los da violência também foi destacada pelo MC Pedro Monarca. Junto ao MC Gustavo A-Z, ele participou da batalha de rimas com os estudantes. “A missão é trazer os jovens para o nosso movimento, para a fotografia, para a reportagem, para a rima, para a poesia; para tudo aquilo que gera oportunidades profissionais e os afasta dos caminhos perigosos”, afirmou.
Gustavo A-Z enfatizou o poder da arte para abrir portas e gerar oportunidades para os jovens. “Nosso trabalho costuma abranger e abrir muitas portas para que possamos ocupar esses espaços”, disse.
Programa Bahia pela Paz
O programa Bahia pela Paz, através da Cojuve (uma iniciativa da Secretaria de Relações Institucionais do Estado – Serin-BA), visa trabalhar com jovens em situação de vulnerabilidade social, especialmente aqueles que estão fora da escola e enfrentam dificuldades familiares. “O foco do programa é a juventude em situação de vulnerabilidade mais acentuada”, afirmou Vitório Nascimento, do Núcleo de Gestão do Bahia pela Paz, acrescentando: “o objetivo é prevenir que esses jovens vejam o crime como alternativa de subsistência, oferecendo a eles oportunidades e perspectivas de futuro”.
Vitório destacou que o ‘Bahia pela Paz’ não é um programa de segurança pública, mas, sim, de direitos humanos. “Ele, com certeza, terá um reflexo na segurança pública, pois atua na prevenção para evitar que esses jovens sejam perdidos para o crime”, disse.
Bruna Carapiá, assessora de assistência social da Cojuve, ressaltou que não existe ‘Bahia pela Paz’ sem a juventude e destacou a importância do programa na promoção de políticas públicas voltadas aos jovens. “A Cojuve participa porque o Bahia pela Paz envolve várias secretarias, e nós entendemos que nossos jovens não são apenas o futuro, eles são, também, o presente”, explicou.
Bruna sublinhou a necessidade de investir em cultura, arte e educação como formas de combater a violência e oferecer um futuro melhor para os jovens baianos: “queremos que esses jovens se vejam no futuro como desejarem, mas em uma realidade onde tenham dignidade e estejam fora desse universo que tem sido fatal, que é a violência”.
Foto: Ítalo Oliveira/GOVBA