Em 2022, 1.370.262 pessoas moravam em favelas e comunidades urbanas, na Bahia, o que representava 9,7% da população do estado – ou 1 em cada 10 habitantes. Dentre as unidades da Federação, a Bahia tinha o 4º maior número absoluto de pessoas vivendo em favelas, abaixo de São Paulo (3.630.519), Rio de Janeiro (2.142.466) e Pará (1.523.608); e a 7ª maior proporção, num ranking liderado por Amazonas (34,7% da população em favelas), Amapá (24,4%) e Pará (18,8%).
No Brasil como um todo, em 2022, 16.390.815 pessoas residiam em favelas e comunidades urbanas, correspondendo a 8,1% do total da população.
Frente a 2010, quando havia 970.940 pessoas vivendo em favelas na Bahia (6,9% de todos os habitantes do estado naquele ano), essa população cresceu 41,1%, o que representou mais 399.322 moradores de favelas em 12 anos. Embora significativo, o aumento da população moradora de favelas na Bahia foi o 8º mais baixo entre os estados.
No Brasil como um todo, a população vivendo em favelas cresceu 43,5%, entre 2010 (quando eram 11.425.644 pessoas) e 2022, o que representou mais 4.965.171 pessoas em favelas, em 12 anos.
Todas as unidades da Federação viram o número de moradores de favelas crescer no período, com destaque, em termos proporcionais, para Roraima, onde o total aumentou mais de dez vezes (de 1.157 para 16.016 pessoas), Goiás (de 8.823 para 94.518) e Tocantins (de 7.364 para 42.322).
Com um aumento relativamente menor, a Bahia caiu uma posição no ranking nacional de proporção de população em favela, de 6ª para 7ª, em 12 anos.
Em 2022, 3 de cada 4 pessoas que viviam em favelas e comunidades urbanas na Bahia estavam em Salvador, onde havia 1.033.258 moradores nessas áreas, 75,4% do total do estado. A população em favelas representava 42,7% ou 4 em cada 10 habitantes do município.
Embora fosse a 5ª capital em população total, Salvador tinha o 4º maior número absoluto de pessoas moradoras de favelas, abaixo de São Paulo/SP (1.728.265, 15,1% do total da população), Rio de Janeiro/RJ (1.349.942, 21,7% do total) e Manaus/AM (1.151.828, 55,8% da população).
Proporcionalmente, Salvador (42,7% da população em favelas) ficava em 3º lugar entre as capitais, só abaixo de Belém/PA (57,2% da população em favelas, representando 745.140 pessoas) e Manaus/AM (55,8%, ou 1.151.828 pessoas).
Dentre as 27 capitais brasileiras, 23 viram a população residente em áreas identificadas como favelas aumentar frente a 2010. As exceções foram Curitiba/PR (-24,6%), Porto Alegre/RS (-9,0%), Rio de Janeiro (-3,1%) e Belém (-1,8%), onde esse contingente caiu.
Por sua vez, Palmas/TO, que não havia registrado população em favelas em 2010, Boa Vista/RR (+1.284,3%) e Goiânia/GO (+632,9%) tiveram os maiores aumentos em termos proporcionais.
Em termos de crescimento absoluto, Manaus/AM (+855.918 pessoas em favelas), São Paulo/SP (+447.865) e Fortaleza/CE (+181.701) lideraram.
Salvador teve um crescimento de 17,1% na população em favelas, entre 2010 e 2022, o que representou mais 151.054 pessoas, em 12 anos.
Foi o 4º maior crescimento absoluto, mas o 3º menor aumento percentual. Por isso, a capital, assim como o estado, caiu uma posição no ranking de proporção de pessoas em favelas – ficava no 2º lugar em 2010, com 33,0% da população em favelas.
Assim como ocorre com as diferenças nos números de favelas e comunidades urbanas identificadas em 2010 e 2022, as variações nas populações residentes nesses locais também são, em parte, consequência das mudanças e melhorias na precisão e qualidade da investigação censitária, não podendo ser atribuídas exclusivamente a fatores demográficos.
Na Bahia, depois de Salvador, Ilhéus (64.364 pessoas), Camaçari (54.664) e Feira de Santana (44.699) tinham as maiores populações em favelas e comunidades urbanas. Proporcionalmente, Salvador (42,7%) e Ilhéus (36,0%) também lideravam, seguidas por Lauro de Freitas (20,7%) e Candeias (19,7% da população morando em favelas).
Das 20 favelas mais populosas do Brasil, 2 estão em Salvador: Beiru/Tancredo Neves (38.871 moradores), maior da Bahia e 10ª do país; e Pernambués (35.110 moradores), 2ª maior do estado e 11ª do Brasil.
Na Bahia, 19 das 20 favelas mais populosas estão em Salvador. Depois de Beiru/Tancredo Neves e Pernambués, vêm as áreas de favela de Valéria (21.635 moradores), Bairro da Paz (20.509) e Santa Cruz (19.833). A favela de Teotônio Vilela – Ilhéus, com 12.788 moradores, é a única das 20 mais populosas (14ª) fora da capital.
Nacionalmente, Rocinha – Rio de Janeiro (72.021 moradores), Sol Nascente – Brasília (70.908), Paraisópolis – São Paulo (58.527), Cidade de Deus/Alfredo Nascimento – Manaus (55.821) e Rio das Pedra – Rio de Janeiro (55.653) eram, em 2022, as favelas e comunidades urbanas com maiores populações.
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