Praias, cultura e rede hoteleira: todos esses fatores foram essenciais para que a Bahia se tornasse um dos destinos mais procurados em 2024. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em junho deste ano o Brasil teve um crescimento de 3,9% no turismo, enquanto a Bahia registrou um aumento de 19,2%, maior índice entre os estados, quase cinco vezes a média do país.
De acordo com Felipe Oliveira Pedreira, CEO da Bahia Terra Turismo, agência especializada em turismo receptivo, um dos principais fatores para esse crescimento são as paisagens naturais da região.
“Acredito que os destinos ainda preservados, como a Ilha de Boipeba, Barra Grande e Caraíva, são lugares que chamam a atenção e podem ser explorados com responsabilidade cultural e ambiental”, conta.
O aumento expressivo também refletiu no período de baixa temporada do estado, que continuou com uma alta taxa de procura. Segundo dados da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA) e da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, seção Bahia (Abih-BA), houve um índice recorde baiano em ocupação hoteleira no mês de setembro, com taxa de 67,5%.
Por isso, as expectativas para o verão 2024/2025 são altas. “Visando o crescimento fora do período mais movimentado, imagina-se que na alta temporada também haja um crescimento além da expectativa”, diz o CEO da Bahia Terra Turismo.
Felipe também explica que a infraestrutura da região vem crescendo para atender à alta demanda. “O setor vem sempre acompanhando o crescimento do mercado turístico com renovação de frotas de veículos para transfers e passeios na Bahia para destinos como Costa do Sauípe e Praia do Forte, embarcações marítimas entre Salvador, Morro de São Paulo e Ilha de Itaparica”.
O destino também é uma opção para público com mais de 60 anos, que após a pandemia e o lockdown causado pela covid-19, intensificaram as viagens. Além disso, esse é um grupo importante para a rede hoteleira e agências operadoras da viagem, já que o público tem um gasto médio 25% superior comparado a outras faixas de idade, segundo pesquisa da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav).