quinta, 21 de novembro de 2024
Euro 6.0901 Dólar 5.833

TRÊS A CADA QUATRO TRABALHADORES FORMAIS DA BAHIA TRABALHAM NO SETOR DE SERVIÇOS E COMÉRCIO, APONTA CAGED

Matheus Souza - 31/10/2024 11:00

A cada quatro trabalhadores formais na Bahia, três estão inseridos no Setor Terciário – ramo da economia composto pelos segmentos de Serviços e Comércio, conforme registra o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Políticas públicas que incentivam uso de tecnologias; modernização da infraestrutura; e programas de capacitação e qualificação profissional têm colaborado para a competitividade e inovação nos dois setores. Este cenário desenhado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE) é apresentado sob o respaldo de ações de fomento em áreas como Logí stica, Conectividade Digital e Inovação Tecnológica.

Do total de 2,1 milhões trabalhadores com vínculos formais em solo baiano, ainda segundo o Caged, quase 50% estão registrados em Serviços e 23% são provenientes do Comércio, sendo que a média da participação dos dois setores no Produto Interno Bruto (PIB) local, na última década, teve semelhança a do PIB brasileiro, que foi de 4%, de acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), órgão da Secretaria da Administração do Estado (Saeb). A SEI destaca, também, que o segmento de Serviços representou, nos últimos cinco anos, uma média de 66,3% do PIB da Bahia e, em 2023, registrou uma expansão de 6,7%, superando a média nacional (que foi de 2,3%).

O IBGE aponta para o aumento do número de empresas formais e de trabalhadores na Bahia, tendo sido os maiores índices registrados nos últimos 16 anos. Segundo a Junta Comercial da Bahia (Juceb), órgão ligado à SDE, o quantitativo atual de empresas baianas em atividade no Comércio corresponde a 39,1% da economia baiana. “Em 2024, a geração de empregos vem surpreendendo positivamente. Até agosto, a Bahia gerou 81.096 postos de trabalho, sendo que o setor de Serviços gerou 47.244 empregos e o de Comércio Ampliado (comércio de bens duráveis, não-duráveis e semiduráveis), 10.328”, respalda o economista da SEI, Luiz Mário Vieira.

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Angelo Almeida, considera que “a Bahia tem contribuído, de forma significativa, para a competitividade e inovação do setor de Serviços e Comércio”, por meio de políticas públicas que incentivam o uso de tecnologias, bem como a capacitação e qualificação profissional, entre outras iniciativas. Destaque para o Programa Comércio Digital, lançado em março deste ano, em parceria com o Sebrae, que “visa preparar as empresas baianas para uma participação mais efetiva no universo do comércio eletrônico”. O Bahia Mais In teligente, que tem como parceira a Junta Comercial da Bahia, é outra iniciativa que tem como um dos objetivos “modernizar o procedimento de concessão e de acompanhamento dos benefícios fiscais concedidos às empresas”.

Fomentar áreas como Logística, Conectividade Digital e Inovação Tecnológica, segundo o gestor estadual, tem sido importante para aprimorar a eficiência operacional das empresas e ampliar o acesso a mercados regionais, nacionais e internacionais. “Essas ações permitem que o setor se torne mais dinâmico e competitivo, promovendo maior integração entre os diversos atores da Economia”, considera, enumerando que as estratégias incluem, por exemplo, incentivos fiscais; facilitação de acesso a crédito; programas de capacitação e qualificação; inovação tecnológica; e promoção de parcerias estratégicas.

Paulo Guimarães, presidente da Bahiainveste – empresa vinculada à SDE –, enaltece que, para intensificar a atração de novas empresas e investimentos, o Governo do Estado realiza ações de concessão de incentivos fiscais e de áreas para implantação de unidades industriais, bem como promove a celeridade dos processos de licenciamento ambiental e a regularização fundiária, além de buscar o apoio institucional dos governos federal e municipais e dos bancos de fomento. “A Bahia tem uma clara estratégia de transição energética voltada à agregação de valor na produção de hidrogênio verde e combustíveis re nováveis, sendo o único estado do país com programa de incentivo específico para este setor”, afirma.

O Governo do Estado está investindo, também, na ampliação dos Centros Logísticos de Distribuição (CDs) – instalações estratégicas para armazenagem, manuseio e distribuição de mercadorias, que buscam otimizar o fluxo logístico e agilizar o processo de distribuição de mercadorias, modernizando e fortalecendo o setor varejista. Esses equipamentos estão implantados na capital baiana e em municípios como Vitória da Conquista, Jequié, Teixeira de Freitas, Brumado e Feira de Santana. A previsão é de que outras cidades recebam CDs a curto prazo, segundo o secretário Angelo Almeida. “Com isso, iremos ampliar ainda mais a cobertura logística na Bahia, oferecendo aos empreendedores do interior a oportunidade de acessar novos mercados pela Internet, aumentando sua competitividade e ampliando seu alcance”.

Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.