O IPCA-15 de outubro na Região Metropolitana de Salvador (0,28%) foi resultado de aumentos nos preços em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados para formar o índice.
Os grupos habitação (1,62%) e alimentação e bebidas (0,63%) registraram as maiores altas de preço e exerceram as maiores pressões na RMS, segundo a prévia da inflação de outubro.
Entre os preços relacionados à habitação, a principal contribuição para puxar o IPCA-15 para cima veio da energia elétrica residencial (5,28%), por conta da entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar dois, a partir de 1º de outubro. O gás de botijão (1,45%) também teve aumento relevante de preço.
Já a alimentação voltou a apresentar aumento médio de preços em outubro, após três meses consecutivos em queda. A inflação do grupo, que possui o maior peso na composição do IPCA-15, foi influenciada principalmente pela forte alta das carnes (5,30%), como a costela (7,66%), o chã de dentro (5,39%) e a alcatra (6,01%).
Itens como o café moído (4,99%) e o leite longa vida (4,12%) também contribuíram para a alta do custo da alimentação na RMS, segundo o IPCA-15.
Entretanto, dentre os alimentos, também houve quedas relevantes de preços, por exemplo entre os tubérculos, raízes e legumes (-11,16%), como a cebola (-22,82%, item com a maior redução), e as frutas (-1,65%), como a manga (-21,56%), que ajudaram a aliviar a alta geral da alimentação.
O único grupo a registrar deflação, ou queda média dos preços, na prévia do mês de outubro, foi o de transportes (-1,13%), que mostrou o primeiro recuo após três meses em alta e o mais intenso em mais de um ano, desde junho de 2023 (-1,71%).
A queda do preço dos transportes na prévia de outubro se deu, principalmente, por conta dos combustíveis (-3,01%), em especial, da gasolina (-2,93%), item que mais ajudou a segurar o IPCA-15 da RMS. A passagem aérea (-9,33%), o ônibus urbano (-1,86%) e o transporte por aplicativo (-6,55%) também foram importantes para a deflação do grupo.
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