O tema “survivorship” ganhou destaque no 12º Congresso Internacional Oncoclínicas Dana-Farber Cancer Institute, à medida em que o programa OC Sobre Viver, uma iniciativa pioneira da Oncoclínicas, atingiu a marca de quase 400 pacientes beneficiados. Com presença em oito unidades, o projeto se estabeleceu como um dos poucos no Brasil dedicado a fornecer acompanhamento integral e contínuo para sobreviventes de câncer.
Voltado para ajudar pacientes a retomarem suas rotinas com saúde e qualidade de vida, o programa oferece suporte clínico e psicossocial. Este cuidado vai desde a transição do tratamento oncológico ativo até a vida pós-câncer, abordando os desafios físicos e emocionais enfrentados por sobreviventes. Estudos indicam que, embora as taxas de sobrevivência ao câncer estejam em ascensão, muitos pacientes continuam lidando com os efeitos adversos da doença e do tratamento, o que torna programas de survivorship essenciais para o bem-estar a longo prazo.
Expansão do escopo do programa
Durante o evento, foram discutidos temas cruciais relacionados ao acompanhamento de sobreviventes, como a toxicidade financeira — o impacto econômico que o tratamento contínuo impõe aos pacientes —, os desafios da reintegração ao trabalho e o manejo das funções cognitivas após o procedimento. Esses tópicos refletem a natureza multidisciplinar do OC Sobre Viver, que aborda o paciente de forma holística, focando não só na cura, mas também na qualidade de vida e na reabilitação integral.
Na sessão intitulada “Construindo a Melhor Jornada de Sobrevivência para Cada Paciente”, foram apresentados diferentes modelos de cuidado em survivorship, além das lacunas que ainda precisam ser preenchidas para atender de forma mais eficaz essa população crescente. A expansão do programa foi um dos temas centrais da discussão, incluindo o planejamento de ampliação do atendimento a pacientes com câncer de pulmão e tumores ginecológicos, em 2025, somando-se aos serviços já oferecidos para pacientes com câncer de mama, próstata e colorretal.
Ampliando o impacto do survivorship no Brasil
Luciana Landeiro, oncologista e líder nacional do programa, reforçou a importância de ampliar o alcance da iniciativa, que não se limita apenas ao monitoramento médico, mas também oferece apoio psicológico, educação em saúde e acompanhamento para prevenção de recaídas e novos cânceres. “Nosso compromisso é com a saúde integral. O OC Sobre Viver se firma como uma referência nacional em survivorship, oferecendo suporte contínuo para que os pacientes possam restabelecer suas vidas com saúde e bem-estar”, afirmou Landeiro, durante o congresso.
Ela também destacou que a personalização do cuidado é fundamental, adaptando suas intervenções às necessidades individuais de cada paciente, levando em consideração o tipo de câncer, o estágio da doença e as particularidades do tratamento.
Segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), estima-se que cerca de 70% dos sobreviventes de câncer lidam com algum tipo de efeito colateral de longo prazo, como fadiga crônica, dores e problemas cognitivos, o que reforça a importância de iniciativas de cuidado contínuo. “Estamos apenas começando a entender a magnitude das necessidades dos sobreviventes de câncer, e é por isso que programas de survivorship são tão vitais”, concluiu Landeiro.
Sobre a Oncoclínicas&Co
Oncoclínicas&Co é o maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, com um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento huma…
Crédito da foto: R2V Comunicação
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