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PESQUISA APONTA QUE 2 EM CADA 3 BRASILEIROS JÁ DEIXARAM DE FECHAR O CONTRATO DE UM IMÓVEL COM RECEIO DE MAU NEGÓCIO POR CONTA DO PREÇO

LUIZA SANTOS - 18/10/2024 19:32

Dois em cada três brasileiros (65%) já deixaram de alugar, comprar ou vender um imóvel com medo de fazer um mau negócio por conta do preço, mesmo depois de muito tempo procurando ou esperando uma oferta. O dado faz parte de uma pesquisa inédita realizada pelo Datafolha em parceria com o Grupo QuintoAndar, que revela as dificuldades enfrentadas pela população na hora de precificar um ativo residencial.

Foram entrevistados mais de 2 mil inquilinos, compradores, vendedores e proprietários de imóveis em todas as cinco regiões do país.

Segundo a pesquisa, 84% dos entrevistados sentem que é difícil obter informações precisas sobre o preço adequado de um imóvel. Esse obstáculo é comum entre aqueles que desejam comprar, vender ou alugar.

Essa questão é especialmente relevante uma vez que mais da metade dos entrevistados (56%) afirma que o preço é determinante na hora de tomar uma decisão no mercado imobiliário. Além disso, para inquilinos e compradores, encontrar um imóvel dentro do valor que podem pagar é a maior dificuldade citada (por 47% dos participantes) na hora de alugar ou comprar uma propriedade. O aspecto financeiro é considerado mais importante do que saber se há problemas estruturais com o imóvel (34%) ou encontrar imóveis que atendam às necessidades específicas (32%).

“A incerteza em torno do preço é uma barreira que impede muitos brasileiros de realizar uma transação, evidenciando a necessidade de fornecer cada vez mais informações para que inquilinos, compradores e proprietários possam tomar decisões mais balizadas”, afirma Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.

Atualmente, as principais dificuldades em precificar um imóvel ou entender se o valor cobrado faz sentido são: ter fontes confiáveis para se orientar (média 6,4), saber se o preço está adequado na hora da decisão (6,4) e avaliar o impacto das melhorias/reformas feitas no imóvel (6,3). As notas foram dadas em uma escala de 0 a 10.

Foto: Victor Oliveira/Bahia Econômica

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