O espetáculo teatral “Fala Baixo Senão Eu Grito” volta para uma nova temporada, desta vez no palco do Teatro Gregório de Mattos, no Centro. Com direção de Georgenes Isaac, do Coletivo das Liliths, a montagem traz à tona questões profundas sobre solidão, machismo e repressão que permeiam a estrutura social. A estreia acontece na próxima sexta-feira (18), às 19h, e segue em cartaz até o dia 27 de outubro. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).
Baseado no texto icônico de Leilah Assumpção, escrito em 1969 durante a ditadura militar, “Fala Baixo Senão Eu Grito” apresenta a história de Mariazinha (Carla Lucena), uma mulher de meia-idade que vive em um pensionato para moças finas e honestas. De repente, sua rotina é interrompida pela chegada de um estranho (Negro Du), que desafia suas ilusões e confronta sua realidade, levando-a a questionar sua própria identidade.
O diretor Georgenes Isaac afirma que essa nova montagem possibilitou experimentar um novo discurso estético, poético e político. “Esta encenação é um mergulho abissal nas subjetividades humanas. Dentro do seu quarto, num pensionato para moças finas e honestas, Mariazinha reflete sobre sua vida e, em decorrência da visita inesperada de um homem, questiona e problematiza questões que envolvem gênero, sexualidade, machismo e os efeitos incalculáveis do patriarcado”, explica.
A atriz Carla Lucena, que interpreta a personagem Mariazinha, entende que a obra desafia normas sociais, ao mesmo tempo que dialoga com uma estética contemporânea feminina. “Essa abordagem não só amplificaria a mensagem da peça, mas também convidaria o público a refletir sobre seu próprio papel na construção de um futuro mais igualitário e justo. O resultado seria uma experiência sensorial que, ao mesmo tempo, entretém e incita à reflexão”, enfatiza.
Em cena, a dupla de personagem interage de forma dinâmica, em uma estratégia que busca acessar suas distintas temáticas psicossociais e tematizar a condição feminina em nossa sociedade. A classificação indicativa é 12 anos.
Foto: Laís di Oliveira/ Divulgação