O prefeito Bruno Reis foi reeleito com quase 80% dos votos e, com o aval dos soteropolitanos, pode agora dar continuidade ao trabalho que vem realizando. É o momento de colocar a economia entre suas prioridades e de fazer de Salvador o grande polo econômico do Nordeste.
O primeiro passo nesse sentido já foi dado com o reconhecimento de que mesmo sendo uma cidade turística,especializada em serviços, Salvador é também uma cidade múltipla, com forte vocação portuária e que abarca atividades econômicas de vários segmentos, especialmente no âmbito logístico e na indústria não poluente.
Esse reconhecimento foi patenteado no fim de 2023 quando foi sancionada pelo prefeito Bruno Reis a lei que concedeu estímulos fiscais e econômicos a grupos logísticos e também com a redução de tributos como o IPTU e a isenção de ISS para atividades industriais e o fim da absurda restrição urbana que impedia empresas de ampliarem ou iniciarem atividades industriais em determinados sítios da cidade.
Além disso, o prefeito contratou o Estudo de Inteligência Logística, cujas propostas, juntamente com os estímulos financeiros e fiscais já existentes, deve fazer avançar o segmento estimulando a instalação ou ampliação de empresas nas poligonais de Valéria e São Tomé, BR 324, Porto Seco e Barros Reis.
A posição de Salvador, a meio caminho entre o Nordeste e o Sudeste, é estratégica para a implantação de centros de distribuição, estações aduaneiras, hubs logísticos, centros de armazenagem e muitos outros serviços. Concomitante a isso, a prefeitura precisa montar uma política de atração de empresas não só nessa área, mas também nas áreas de indústrias limpas, indústria 4.0, ciência e tecnologia e outras, ação que, com o auxílio luxuoso do Senai/Cimatec, pode dar bons frutos.
E o mesmo se verifica com a economia do mar, o setor financeiro, no qual Salvador sempre teve expertise, a economia criativa, o complexo Industrial de saúde e o setor educacional. Isso sem falar no apoio as startups e a área de pesquisa e desenvolvimento.
O anunciado projeto de treinar para empregar mão-de-obra com meta de qualificar 100 mil pessoas nos próximos quatro anos é outro avanço. E não vamos esquecer a indústria da construção civil por sua capacidade de gerar emprego e renda. Aqui vale dizer, que a expansao imobiliária regulada é sempre bem vinda, mas deve-se ser intransigente com relação a preservação das poucas áreas verdes de Salvador
Todavia, quase 70% da economia soteropolitana está no setor de serviços, incluindo aí a economia das festas, o turismo em geral, o turismo de negócios, o comércio, os serviços de todos os tipos e centenas de outras atividades.
Não há espaço para listar as necessidades desses setores e elas são muitas, passando pela questão da segurança pública, da mobilidade urbana, emprego e renda e por aí vai. Mas nesse aspecto o fundamental para a economia no âmbito da prefeitura é a ação no sentido de ordenar o comércio informal, estimular as micro, pequenas e médias empresas, reduzir a burocracia e estimular a geração de emprego e renda. Em resumo: a expectativa é que a economia seja prioridade no segundo mandato do prefeito Bruno Reis
TURISMO, ARQUITETURA E CULTURA
No que se refere ao turismo é preciso pensar grande. Salvador já tem todos os ingredientes para atrair os turistas estrangeiros, aqueles que mais geram riqueza, mas poderia complementar a receita com uma construção simbólica. As grandes cidades turísticas chamaram atenção do mundo assim. Bilbao, construiu o Guggenheim, o Rio de Janeiro tem o Museu do Amanhã, Sidney, na Austrália, tem o Sydney Harbour Bridge e Valência, uma cidade espanhola praiana, construiu o Hemisfèric, a cidade das artes e da ciência, num conjunto arquitetônico lindo, projetado pelo arquiteto Santiago Calatrava. Sai mais barato que um conjunto de viadutos, tem financiamento fácil e atrai milhares de turistas
TURISMO, ARQUITETURA E CULTURA II
Salvador precisa de um símbolo assim.
Um museu do descobrimento, da cultura negra, dos povos indígenas ou de tudo isso junto. Um centro de cultura, com museu, teatro, cinema e arte. Pode estar localizado em muitos lugares inclusive no sítio do antigo centro de convenções no Jardim Armação. Aliás, colocar ali uma fileira de prédios seria corromper uma das áreas mais lindas da cidade. Mas um centro de cultura da Bahia, reunindo nossa arte e nossa história, seria um símbolo e atrairia milhares de turistas. A sociedade baiana e nossos milionários deveriam se unir e investir em prol de algo assim. E quem liderar esse projeto entrará para a história.