A quantidade de microplásticos, que são micro resíduos nas praias pelo mundo, tem aumentado exponencialmente. Segundo uma pesquisa realizada pela Sea Shepherd Brasil em parceria com a Odontoprev e apoio técnico do Instituto Oceanográfico da USP, todas as praias do Brasil estão contaminadas com micro (até 5mm) e macroplástico (até 2,5 cm).
A Bahia ocupa o 5º lugar entre os com menor densidade de microplástico. Entre os casos mais críticos está Pântano do Sul (Florianópolis), que é a praia mais poluída do Brasil, com 144 partículas de microplástico por metro quadrado – para se ter uma noção, a praia mais poluída por microplástico da Bahia é a Jardim de Alah (Salvador), com 21,6 partículas por metro quadrado. São Vicente (São Paulo), lidera em concentração de resíduos (madeira, metal, borracha e etc), com 10 resíduos por metro quadrado.
“A Bahia foi o estado em que tivemos mais praias investigadas, 40 em 29 municípios, e a quantidade de micro e macroplásticos analisados equivalem a dois campos de futebol. A densidade de plásticos encontrados é menor que a média nacional e o estado ocupa uma ‘boa posição’ no ranking, mas ainda é algo caótico e que precisa de atenção. Sobretudo pelo tipo de plástico mais comum encontrado no estado: os de uso único. Descartáveis, bandejas, canudos e afins correspondem a 46% dos plásticos encontrados no estado”, relata a presidente da Sea Shepherd Brasil, Nathalie Gil em entrevista ao Jornal A Tarde.
Foto: Sea Shepherd Brasil / Divulgação