A Secretaria das Mulheres do Estado (SPM) está com dois editais abertos, que totalizam R$ 5 milhões, e são voltados para mulheres do campo e quilombolas. Os dois editais visam fortalecer a autonomia financeira e o empoderamento dessas mulheres, essencial para a equidade de gênero e para a melhoria das condições de vida em suas comunidades.
O Edital “Mulheres que Alimentam” selecionará duas Organizações da Sociedade Civil (OSCs), como associações, cooperativas e organizações religiosas para a execução das ações em parceria com o Programa Bahia Sem Fome, totalizando R$ 3 milhões de investimentos. Já o edital Elas à Frente nos Quilombos selecionará dez OSCs, com R$ 2 milhões de recursos para apoiar projetos que promovam a inclusão socioprodutiva de mulheres quilombolas, visando o fortalecimento econômico e social, contribuindo para a equidade de gênero e ocorrerá em parceria com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi).
As ações transversais englobam o Programa Especial Elas à Frente, que é coordenado pela SPM, mas que prevê políticas para as mulheres em todas as esferas do Governo do Estado. A secretária das Mulheres do Estado, Neusa Cadore, ressaltou que a inclusão socioprodutiva é fundamental para reduzir as barreiras econômicas e sociais enfrentadas por mulheres. “É preciso criar um ambiente onde todas as mulheres tenham acesso a oportunidades de trabalho decente, especialmente aquelas que enfrentam maiores desafios, como as mulheres negras, as mulheres do campo e jovens mães. Promover a inclusão produtiva das mulheres é uma necessidade para o desenvolvimento do país e estes dois editais são exemplos de políticas públicas nesse sentido”, afirmou.
A secretária Ângela Guimarães, da Sepromi, falou que a Bahia é o Estado com a maior população quilombola do país e que essa realidade exige a criação de políticas públicas voltadas à inclusão socioprodutiva, com especial atenção para as mulheres que enfrentam desafios históricos de desigualdade. “A inclusão socioprodutiva das mulheres quilombolas é uma medida fundamental para assegurar que elas tenham a oportunidade de ampliar sua autonomia financeira e participar ativamente do desenvolvimento de suas comunidades. Com esse edital, estamos criando condições para que essas mulheres possam acessar os recursos necessários para fortalecer a economia local”, afirmou.
Foto: Mateus Pereira/GOVBA