Lewis Hamilton, heptacampeão mundial de Fórmula 1, afirmou que luta contra a depressão desde a adolescência e revelou ter sofrido bullying na escola. Em entrevista ao jornal The Sunday Times, o atleta também admitiu que as “pressões” para se destacar desde cedo impactaram a saúde mental.
“Quando eu estava na casa dos 20 anos, passei por algumas fases muito desafiadoras. Quero dizer, eu tive dificuldades com minha saúde mental ao longo da minha vida. Depressão. Desde muito jovem, quando eu tinha, tipo, 13 anos. Acho que era pela pressão das corridas e as dificuldades na escola. O bullying. Eu não tinha ninguém com quem conversar.”
Lewis adotou práticas como retiros de silêncio e a leitura de livros de autoajuda.
“Você aprende sobre coisas que foram passadas para você pelos seus pais, percebe esses padrões, como você reage às coisas e como pode mudá-las. Então, o que poderia ter me causado raiva no passado não me irrita hoje. Estou bem mais refinado.”, ponderou o britânico.
O piloto garante que está na melhor fase de sua vida ao falar de condicionamento físico e que não tem planos de se aposentar das pistas por enquanto.
“Honestamente, agora me sinto mais saudável do que nunca. Estou em um ótimo lugar, físicamente e mentalmente. Meus tempos de reação são ainda mais rápidos do que os dos jovens. Acho que sou um piloto melhor do que era aos 22 anos. Naquela época, eu era apenas jovem, cheio de energia e implacável, mas sem finesse, sem equilíbrio. Eu não sabia como atuar em equipe, como ser um líder. Ser um bom piloto não é só ser rápido, é sobre ser o mais completo. Quando analiso as lendas, elas se diferenciam por pequenas porcentagens, então é o pacote completo: ‘o que elas representam, defendem?’. Eu olho para Ayrton Senna e Nelson Mandela, e quero ser a junção dessas duas pessoas.”, afirmou o multicampeão.
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