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NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS HAVERÁ CANDIDATADOS ATACANDO ADVERSÁRIOS COM CADEIRADAS FÍSICAS OU VERBAIS? VEJA O VÍDEO. 

Redação - 16/09/2024 09:40 - Atualizado 16/09/2024

O destaque no debate organizado pela TV Cultura neste domingo (15) entre os candidatos à prefeitura da maior cidade do país não foram as propostas que poderiam beneficiar a população de São Paulo, mas sim a cadeirada com que José Luiz Datena agrediu Pablo Marçal.

Este é o nível que chegou à política brasileira a partir do momento que aventureiros como José Luiz Datena e Pablo Marçal, sem história política ou qualquer contribuição pública ao país, surgem de repente na disputa. O episódio envergonha a política brasileira, ainda mais porque surgem versões de que Marçal, que está caindo nas pesquisas e tem alto grau de rejeição, provocou a reação de Datena, como forma de voltar a crescer nas pesquisas e se mostrar como “agredido” para assim reduzir sua rejeição.

Após a cadeirada, a equipe de Pablo Marçal o levou para o Hospital Sírio Libanês tentando repetir, como farsa, o ataque ao candidato Jair Bolsonaro na disputa presidencial.  Já na ambulância ele postava vídeos da cadeirada.

Perguntado por que agiu daquela maneira, Datena respondeu:  “Eu não escolho momento da emoção. Eu sou um cara de verdade. Eu lembrei da minha sogra morrendo ali nos braços da minha mulher e depois de passar por tudo aquilo que eu passei e trabalhando todo dia na televisão me defendendo no foro adequado, com processo arquivado no foro adequado, foram os piores momentos que passei da minha vida”, disse.

Não há justificativa para agressão um candidato, mas tampouco há justificativas para agressões que mais parecem bullying e levam a reações como essa. O que mais preocupa, no entanto, é que ao chegar a este nível a política brasileira fica em cheque e surge de imediato a pergunta: Nas próximas eleições presidenciais haverá candidatos atacando adversários com cadeiradas físicas ou verbais?  A pergunta procede, pois Pablo Marçal já vem se colocando como candidato à Presidência da República.

A cadeirada passou a ser então um símbolo, um símbolo da necessidade de mudar a política brasileira, de fortalecer os partidos, impedir que aventureiros possam sair direto da televisão ou dos processos judiciais para os palanques eleitorais. É hora de transformar os partidos brasileiros em verdadeiros partidos e impedir que a eleição para Presidente da República que já se avizinha se transforme num circo. (EP-16/09/2024).

 

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