quarta, 14 de maio de 2025
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LÉO SANTANA SOLICITA REGISTRO DA MARCA ‘FAZ O L’ E LEVANTA DEBATE SOBRE POSSÍVEIS IMPACTOS EM OUTROS USOS

Redação - 09/09/2024 16:00 - Atualizado 09/09/2024

O cantor Léo Santana entrou com um pedido de registro da marca “Faz o L” no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Atualmente, a solicitação encontra-se “aguardando exame de mérito”, e a expectativa é que a decisão possa trazer impactos para outras figuras públicas que também utilizam o slogan, mas por motivos diferentes, como o presidente Lula e o atacante German Cano.

Especialistas em direito de marcas destacam que o uso popular e amplo do “Faz o L” pode complicar a concessão exclusiva para Léo Santana. “Muitas pessoas usam o ‘Faz o L’, por isso o INPI deve argumentar que conceder o registro a apenas uma pessoa pode causar confusão com o público. Se Léo fizer um ‘Festival Faz o L’, muitos podem achar se tratar de algo envolvendo o presidente, por exemplo”, comenta um advogado especializado na área.

Outro ponto levantado é a dificuldade em determinar quem começou a usar a marca primeiro. Textualmente, Lula usou o termo apenas em 2022, mas o gesto do “L” já estava presente em suas campanhas políticas desde 1989. Por outro lado, uma banda pernambucana lançou uma música chamada “Faz o L” em 2009, quando Léo ainda era integrante do Parangolé e fazia sucesso com o hit “Rebolation”.

O advogado também sugere que o INPI pode conceder o registro para Léo Santana sem torná-lo exclusivo, permitindo que outras figuras continuem a usar o slogan sem restrições. “Até porque são categorias diferentes. Artistas pedem para designar produtos e serviços comerciais. Se um político usa uma determinada expressão na campanha política, isso não designa produto, apenas uma promoção pessoal”, explica.

A assessoria de imprensa de Léo Santana esclareceu que a intenção do artista não é impedir Lula ou outras pessoas de “fazerem o L”. O objetivo do pedido é apenas garantir o registro da marca, algo que os empresários de Léo já fazem com todos os bordões ligados ao cantor, conhecido como “GG”.

O processo ainda está em andamento, e o resultado pode definir os rumos do uso popular e comercial do “Faz o L” nos próximos anos.

( A tarde)

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