A Iguá Saneamento foi a vencedora da concessão de água e esgoto promovida pelo governo de Sergipe nesta quarta-feira (4). O grupo apresentou uma oferta de R$ 4,54 bilhões para a outorga, o que representa um ágio de 122,63% em relação ao valor mínimo estabelecido no edital.
Outros três grupos participaram da disputa. O Consórcio Aegea, composto pela Aegea e pela Equipav, ofereceu R$ 3,6 bilhões, com um ágio de 78%. A gestora Pátria, por meio do Infraestrutura BR V Saneamento, fez uma proposta de R$ 2,7 bilhões, resultando em um ágio de 32,5%. Já o Consórcio Xingó, formado pela BRK e pela gestora Perfin, ofertou R$ 3,2 bilhões, com um ágio de 59,5%.
Além do valor da outorga, a Iguá comprometeu-se a realizar investimentos de R$ 6,3 bilhões para a universalização dos serviços até 2033, dos quais cerca de R$ 4,7 bilhões devem ser aplicados nos primeiros dez anos. A concessão tem um prazo de 35 anos.
Atualmente, a Iguá opera 16 concessões em seis estados do Brasil, atendendo cerca de 3 milhões de pessoas. A principal operação da empresa é um dos blocos no Rio de Janeiro, adquirido em 2021.
Os principais acionistas da Iguá são os fundos canadenses CPP (Canada Pension Plan) e AIMCo (Alberta Investment Management Corporation), que juntos possuem cerca de 90% da empresa. O BNDESPar detém os 10,8% restantes.
Entre as novidades do leilão, destaca-se a associação da BRK Ambiental (controlada pela canadense Brookfield) com a Perfin, uma vez que a gestora havia participado de licitações de saneamento em parceria com a Aegea — as empresas são sócias na Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento) e estudaram juntas a privatização da Sabesp. Outra novidade foi a participação do Pátria, que fez sua estreia em um leilão de saneamento básico.
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