O governo federal manteve o objetivo de zerar o rombo das contas públicas no ano que vem. A informação consta na proposta de orçamento (PLOA) de 2025, que está sendo enviada nesta sexta-feira (31) ao Congresso Nacional. A meta é considerada difícil pelo mercado financeiro, que também não acredita, até o momento, que o governo conseguirá atingir o equilíbrio em suas contas (receitas no mesmo nível das despesas) nem mesmo neste ano.
Segundo a proposta, entretanto, a projeção é de que será registrado um rombo de R$ 40,4 bilhões no ano que vem. Isso ocorre porque está previsto o abatimento de R$ 41,1 bilhões em precatórios (sentenças judiciais). “Para cumprimento de meta 0 (zero) estabelecida no PLDO 2025, há de se considerar a dedução do valor de R$ 44,1 bilhões referentes ao pagamento de Precatórios, conforme compensação prevista no julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 7064 e 7047”, diz o documento.
Acrescenta que, desconsiderando-se o pagamento de precatórios em decorrência da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), haveria uma folga de R$ 3,7 bilhões (0,03% do PIB) para cumprimento do centro da meta em 2025;
De acordo com pesquisa realizada no começo deste mês pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, economistas dos bancos projetam um rombo de R$ 73,5 bilhões para 2024 e de R$ 91,7 bilhões nas contas do governo em 2025.
Para tentar atingir a meta fiscal do ano que vem, a equipe econômica anunciou que poderá subir, novamente, impostos (como a CSLL e juros sobre capital próprio das empresas), além de realizar um pente fino em benefícios previdenciários e assistenciais, como previdência, BPC e auxílio-doença.
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