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EDUCAÇÃO EMOCIONAL NA PRIMEIRA INFÂNCIA: COMO PROFISSIONAIS DAS ESCOLAS PODEM AUXILIAR NESSE PROCESSO?

João Paulo - 28/08/2024 08:40 - Atualizado 28/08/2024

A primeira infância é aquela que compreende os primeiros anos de vida de uma criança e, ao longo desse período, o cérebro está em constante desenvolvimento. Nesse sentido, a educação emocional tem um papel fundamental na formação do bem-estar, das habilidades sociais e da personalidade dos pequenos, uma vez que compreende o processo de autoconhecimento e autorregulação das emoções. “É na primeira infância que o cérebro encontra-se mais suscetível aos novos aprendizados, com propensão a realizar adaptações, utilizando-se da sua neuroplasticidade. A psicopedagogia, por sua vez, é a ciência que estuda o desenvolvimento de aprendizagem infantil, por isso, caso surjam os primeiros sinais de dificuldade de aprendizado na escola, é essencial propor estratégias e recursos eficazes, além de orientação aos pais para que possam ajudar seus filhos”, explicou Patrícia Boaventura, psicopedagoga da Gurilândia Federação.

A educação emocional contribui para formar indivíduos mais conscientes e preparados para enfrentar adversidades. Em ambientes onde as emoções são acolhidas, crianças, especialmente as mais ansiosas, sentem-se seguras e incentivadas a gerenciar suas emoções, fortalecendo a autoestima e a confiança em suas capacidades. “Ao entender as próprias emoções, é possível desenvolver empatia, a qual é essencial para construir relacionamentos saudáveis e trabalhar em equipe. A educação emocional ensina a lidar com frustrações e decepções de forma construtiva, promovendo a resiliência e o autocontrole, habilidades fundamentais para uma personalidade equilibrada. Além disso, está ligada ao desenvolvimento de valores éticos, como respeito e empatia, que influenciam positivamente na conduta e na personalidade”, afirmou Fernanda Vaz Torres, psicóloga da Gurilândia Pituba.

As interações sociais também oferecem oportunidades valiosas para o público infantil poder praticar e aplicar as habilidades emocionais que está desenvolvendo. Ao interagir com amigos e colegas, ou até mesmo com adultos, é possível vivenciar uma variedade de emoções e aprender a lidar com elas. Ademais, por meio da educação emocional, é possível adquirir habilidades como autorregulação, resiliência, aumento da autoestima e da autoconfiança, redução do estresse e prevenção de comportamentos destrutivos, entre outros benefícios. “O desenvolvimento de problemas de saúde mental, como transtornos de humor e ansiedade, é influenciado por múltiplos fatores. Portanto, não podemos afirmar que uma criança exposta à educação emocional estará completamente protegida contra esses quadros. Porém, se ela aprende a regular melhor suas emoções e a criar estratégias de enfrentamento, as chances são menores”, complementou Fernanda Vaz Torres, psicóloga da Gurilândia Pituba.

Por fim, é importante ressaltar que as famílias devem dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelas escolas, criando, em casa, um ambiente onde as emoções são acolhidas, discutidas e validadas.

 

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