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NÚMERO DE CANDIDATURAS CAI 47% EM SALVADOR NAS ELEIÇÕES DESTE ANO, APONTA TSE

João Paulo - 27/08/2024 06:59 - Atualizado 27/08/2024

O número de candidaturas em Salvador reduziu 47% no pleito deste ano na comparação com as eleições de 2020. Isso inclui postulantes a prefeito, vice-prefeito e vereadores, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Há quatro anos, 1,6 mil pessoas registraram candidaturas na capital. Este ano, 852 almejam um cargo no Executivo ou no Legislativo soteropolitano, conforme os dados parciais divulgados até esta segunda-feira (26) no portal da Corte Eleitoral.

Segundo especialistas, vários fatores explicam essa queda brusca de postulações. Com a nova legislação, houve uma limitação maior no número de candidatos lançados pelos partidos. “Cada partido político em Salvador só poderá lançar 44 candidatos, que já é um número grande, mas é inferior ao número que podia ser lançado anteriormente, que era 64. Então, só em virtude desse motivo já temos uma baixa”, explicou o analista judiciário do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), Jaime Barreiros.

A redução na quantidade de siglas partidárias também diminuiu o número de candidaturas. Partidos fizeram fusão com outras legendas e houve ainda um movimento de formação das federações partidárias. “As federações partidárias atuam como se fossem um único partido. Então, por exemplo, o PT, o PCB e o Partido Verde fizeram uma federação. Juntos, os três têm que lançar 44 candidatos. O que antes representava 44 candidatos de cada um desses três partidos, agora representa, no máximo, 44 candidatos dos três partidos juntos”, disse Jaime Barreiros.

O Congresso Nacional autorizou, na reforma eleitoral de 2021, a junção de partidos em federações. De acordo com o TSE, esta inovação legislativa funciona como um teste para uma eventual fusão ou incorporação de legendas. A eleição municipal de outubro é a primeira com a participação de federações partidárias. O analista judiciário do TRE apontou um terceiro fator que pode ter colaborado com a queda no número de candidaturas. Segundo ele, com menos recursos para investir na campanha por causa do financiamento público, os partidos resolveram reduzir as candidaturas e apostar apenas naquelas com chance de vitória.

“O partido nacionalmente é que determina como esse dinheiro vai ser distribuído. Então, os partidos não têm necessariamente cumprido o estabelecido do máximo de candidatos possível, que é 44. Os partidos começaram a observar que nem sempre é tão vantajoso lançar um número tão grande de candidatos não competitivos”, concluiu Barreiros.

Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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