A elevação dos mares é uma preocupação mundial. Foi emitido um alerta, com foco nas principais cidades costeiras dos países do G20 e nos pequenos Estados insulares em desenvolvimento do Pacífico, sobre essa condição ambiental pelo secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
E o Brasil deve estar atento. Duas cidades brasileiras serão diretamente afetadas pelo fenômeno: Rio de Janeiro e Atafona, distrito do município de São João da Barra, no Norte Fluminense, segundo o relatório apresentado pela organização nesta terça-feira (27).
As descobertas demonstram que o aumento está afetando as vidas e os meios de subsistência de comunidades costeiras e países insulares ao redor do mundo. Nas duas cidades brasileiras citadas, o aumento foi de 13 centímetros no mesmo período, mas, a má notícia fica para o futuro: em ambas o aumento esperado até 2050 é de até 21 centímetros, sendo 16 centímetros em média, numa projeção calculada sob um cenário de aquecimento global de 3°C até o fim do século.
“A elevação dos mares é uma crise inteiramente criada pela Humanidade. O mundo deve agir e responder ao pedido de ajuda antes que seja tarde demais”, afirma Guterres no documento.
De acordo com pesquisas, o aumento do nível do mar é consequência do aumento das temperaturas, que causa o derretimento das calotas polares. À medida que o aquecimento aumenta e o gelo derrete, o mar sobe de nível.
“Em todo o mundo, o aumento do nível do mar tem um poder incomparável de causar estragos nas cidades costeiras e devastar economias litorâneas. Os líderes globais precisam agir: reduzir drasticamente as emissões globais; liderar uma transição rápida e justa para o fim dos combustíveis fósseis; e aumentar massivamente os investimentos em adaptação climática para proteger as pessoas dos riscos presentes e futuros”, disse o secretário-geral das Nações Unidas.
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