Anualmente, mais de 160 mil brasileiros morrem em decorrência do tabagismo, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). O que muita gente não imagina é que, além de problemas respiratórios e do próprio câncer, o hábito de fumar pode gerar ainda mais riscos à saúde. Isso porque, segundo o oftalmologista Cristian Santa Cruz, que atua no DayHORC, unidade que integra o Grupo Opty na Bahia, o cigarro favorece a manifestação e o agravamento de problemas oculares. Outro ponto de alerta é com relação ao cigarro eletrônico, que se tornou popular, apesar de ter sua venda proibida no Brasil.
Dentre as intercorrências oculares, em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado 29 de agosto, Cristian Santa Cruz destaca as alergias oculares, síndrome do olho seco – já que a fumaça afeta a lubrificação dos olhos, Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e até mesmo catarata. “De modo geral, as toxinas presentes na fumaça provocam coceira, vermelhidão e lacrimejamento nos olhos, tanto para quem fuma quanto para quem acaba fumando passivamente. Quem fuma de forma constante, a longo prazo o fumo pode afetar a circulação sanguínea, diminuir a quantidade de antioxidantes no sangue e, assim, prejudicar a visão. E um dos prejuízos pode ser a opacificação da estrutura ocular, contribuindo para o aparecimento da catarata”, detalha o oftalmologista.
O tabagismo é descrito como um fator de risco também para a DMRI . “Mais uma vez, as toxinas da fumaça favorecem o aumento da oxidação da retina – o que provoca o aparecimento de vasos sanguíneos anormais sob a região da mácula, pequena parte do olho responsável pela visão central do paciente. Assim, a capacidade do indivíduo enxergar começa a ficar embaçada ou distorcida, impedindo a realização de atividades simples do dia a dia, como ler, dirigir, escrever, etc”, conta Cristian Santa Cruz.
Cigarro eletrônico e recomendações
No caso do cigarro eletrônico, para os pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, a fumaça também pode aumentar o risco de problemas oculares – usuários têm 34% mais chances de sofrer de condições nos olhos do que pessoas que nunca usaram o “vape”. Neste contexto, Marcelo Nascimento, oftalmologista do Instituto de Olhos Freitas – outra unidade do Grupo Opty no estado, explica que “a fumaça produzida por este tipo de cigarro – que é criada pelo aquecimento de um líquido que contém várias substâncias químicas – pode causar o ressecamento dos olhos, irritação e inflamação da conjuntiva – que é a membrana que forra a parte anterior do globo ocular e a parte interna das pálpebras”.
De modo geral, a recomendação é sempre não fumar. Mas, caso não consiga largar o vício, a orientação é buscar ajuda de profissionais o quanto antes. “É fundamental ainda incluir a ida ao oftalmologista anualmente para prevenir ou tratar doenças oculares de forma precoce. Importante lembrar ainda que, ao aparecer qualquer incômodo nos olhos, não hesite em procurar ajuda de um oftalmologista, afinal, o quanto antes o problema for detectado, maior será a probabilidade de cura”, conclui Marcelo Nascimento.
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