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ESTAÇÃO LAURO DE FREITAS DO METRÔ FICA DISTANTE E GOVERNO MUDA PLANOS

João Paulo - 26/08/2024 15:00

O sonho de uma estação de metrô no centro de Lauro de Freitas está engavetado. Contratada junto à CCR, mas vinculada a um gatilho distante de ser atingido, a expansão do sistema metroviário para a região do Parque Shopping não é mais pensada pelo governo da Bahia como algo para o curto prazo. Na avaliação da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), é improvável que a meta de 6 mil passageiros por hora no período de pico do movimento, entre 17h e 19h, seja alcançada.

“Está difícil de ser alcançada. Uma meta que acabou ficando difícil. A demanda do metrô foi estimada em cima de premissas que não se cumpriram. Hoje, a circulação do sistema inteiro está em torno de 400 mil passageiros por dia. Nossa previsão era que estivesse em torno de 600 mil. A gente está transitando em torno de 64%, 65% da demanda esperada”, revelou ao Portal A TARDE a presidente da CTB, Ana Cláudia Nascimento.

Segundo a dirigente, a demanda menor do que a projeção ocorreu porque, após a pandemia, o transporte público passou a ser menos acessado em todo o planeta, devido à popularização do chamado “home office”. “A pandemia trouxe uma mudança de hábito que baixou o transporte público no mundo. Estima-se no mundo que 18% do transporte público caiu. Caiu e não vai voltar. Então, aquela curva de demanda nossa se perdeu. Porque entrou o teletrabalho e, mesmo que não seja um teletrabalho constante, em dois dias da semana você trabalha em casa”, analisou Ana Cláudia.

Questionada se ainda haveria chance do governo do estado realizar um reequilíbrio econômico-financeiro do contrato com a CCR Metrô Bahia, para desta forma viabilizar a construção da Estação Lauro de Freitas antes do gatilho ser atingido, a presidente da CTB argumentou que a falta de demanda faz com que seja inviável um investimento tão alto.

“A demanda de 6 mil talvez viabilizasse um investimento alto. Para eu levar, de onde estamos hoje até o Shopping Parque, seriam 3 km em elevado, porque seria em cima do canal. Seria uma obra cara para uma demanda que não justificaria o investimento. A população deseja? Sim. Mas essa solução que se pensou não se viabiliza”, lamentou Ana Cláudia.

 

Foto: Paula Fróes | GOVBA

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