A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) marcou as audiências públicas onde serão discutidas a nova proposta da Ferrovia Centro Atlântica para a renovação da sua concessão por mais de 30 anos. As sessões ocorrerão entre 30 de setembro e 7 de outubro em várias localidades impactadas pela ferrovia. A audiência em Salvador será no dia 4 de outubro.
A proposta para renovação contempla investimentos de quase R$ 24 bilhões. A ferrovia possui uma extensão de 7.856,8 km, atravessando os estados de Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e o Distrito Federal.
A renovação inclui quase 5.725 km de trilhos e abrange os corredores Centro-Leste, Centro-Sudeste, Minas-Bahia e Minas-Rio. Com a renovação do contrato, a FCA propõe para a Bahia o seguinte:
Com a renovação do contrato, a FCA propõe para a Bahia devolver os seguintes trechos ferroviários:
A concessionária não realizará mais a execução de obras do trecho da FIOL III entre Barreiras até a BR-020, nem das obras remanescentes no trecho Caetité́ a Barreiras, da FIOL II, como estava previsto na proposta anterior.
Analistas ouvidos pelo Bahia Econômica acham que a Bahia perde com o acordo. Além da supressão de recursos para a Fiol, consideram que , apesar do trecho ligando o Porto de Aratu a ao corredor Bahia-Minas ser muito importante para o Estado, não está claro o prazo, nem os valores que estarão reservados para a Bahia, algo fundamental dado o histórico de não concretização de projetos pela FCA na Bahia.
O portal apurou que do total oferecido em investimentos pela FCA a maior parte dos investimentos se dará no corredor Sudeste, na região de Uberaba até a Baixada Santista e no corredor Leste – ligando Araguari (MG) a Belo Horizonte. Tampouco está claro na proposta quanto a Bahia vai receber em contrapartida pela descontinuidade das linhas. E nem uma palavra sobre a construção do trecho ligando o Polo Petroquímico ao Porto de Aratu, importantíssimo para a Bahia.