Professora efetiva e atual gestora escolar, Djeane Andrade da Silva constata, orgulhosa, que “as ações para se atingir as metas da aprendizagem dos nossos estudantes tiveram êxito e todos os envolvidos na educação – município, gestão escolar, professores, alunos e famílias – estão no caminho certo”. A afirmação se baseia na conquista, por Alagoinhas, do melhor resultado de sua história no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A nota do município foi de 5,1, acima da média da rede municipal no Estado, que foi de 4,9. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Educação na semana passada e referem-se ao período em que em que o ex-secretário de Educação Gustavo Carmo esteve à frente da pasta.
Uma escola municipal local, a Alagoinhas IV, obteve nota 6,6 no Ideb – acima da média nacional, que é 6. A conquista sinaliza o potencial da rede pública do município para ir ainda mais longe, criando a perspectiva de uma educação mais inclusiva, com mais qualidade e equidade.
Mais do que pela nota, o resultado do Ideb valida os esforços do município nesta etapa da formação educacional das crianças. “É nos primeiros anos do ensino fundamental que lançamos as bases para o aprendizado que a criança vai ter durante toda a sua vida. Basta comparar com um edifício que, se não for construído com uma base bastante sólida, poderá desabar no futuro”, compara a gestora escolar. Segundo Djeane, houve uma melhoria significativa em aspectos como o aprendizado, a frequência e a permanência dos alunos na escola e, na opinião dela, o que contribuiu para essa transformação foram iniciativas como a busca ativa dos estudantes, o diálogo constante com as famílias, o planejamento com foco na equidade, o programa Tempo de Alfabetizar Alagoinhas e o Sistema de Avaliação do Educar pra Valer (Saev).
Gisélia Santos, mãe de dois meninos de 11 e 5 anos que estudam na Escola Municipal Maria Feijó, no bairro Teresópolis, celebra a transformação na vida das crianças a partir do trabalho realizado pelos educadores. “Meu filho mais velho, até o ano passado, só sabia ler o nome dele. Depois que entrou nesta escola, com apenas quatro a cinco meses, ele passou a ler tudo e hoje é um dos melhores alunos, com notas 9 e 10. Em 2023, o caçula entrou na escola. Ele não sabia nem pegar no lápis. Hoje, ele escreve o nome dele e melhorou a linguagem. E eu agradeço tudo isso à escola, à diretora, à professora e ao conjunto que ajudou o desenvolvimento dele. Se for para eu dar uma nota, eu dou 10 ou até mais, porque a minha experiência tem sido das melhores”, atesta Gisélia.
FOTO: Andrea Alcântara