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ECONOMIA AQUECIDA DEVE AJUDAR NA GERAÇÃO DE EMPREGOS, AVALIA FECOMÉRCIO-BA

João Paulo - 19/08/2024 13:00

O ano de 2024 tem sido muito positivo para a economia baiana. Dados preliminares da Fecomércio BA apontam o Comércio Varejista crescendo pouco mais de 7% no primeiro semestre deste ano e 13% no setor de Turismo, o percentual mais elevado no país para o período. Mesmo os Serviços, de maneira geral, que representam cerca de 70% da economia local, sobem 2%, não muito diferente dos 2,6% da Indústria. “Sob qualquer ótica, a Bahia tem tido um horizonte bastante promissor, e quem mais se beneficia, sem dúvida, é a nossa população, que consegue aproveitar o momento com as oportunidades de emprego geradas”, constata o presidente do Sistema Comércio BA, Kelsor Fernandes.

A taxa de desemprego no Estado é a menor desde 2015, segundo levantamento do IBGE. Atualmente, são 2,1 milhões de vínculos de trabalho formais na Bahia, de acordo com o CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho. E de janeiro a maio deste ano, houve a criação de 54,4 mil vagas. Desses, 32 mil foram no setor de Serviços, o principal da região, com destaque para a administração pública, educação, saúde e serviços adicionais, com 14,5 mil. O segundo maior saldo no semestre foi da Indústria, de 9,8 mil novos postos de trabalho. O Comércio ampliou o estoque de empregados em 5,9 mil, muito mais pelo lado do Atacado (3,6 mil) do que pelo Varejo (665).

“O mercado de trabalho traz inúmeros benefícios para a família, como o aumento da confiança no consumo e maior acessibilidade ao mercado de crédito. Outro ponto importante é o ganho real da renda dada a inflação mais moderada, o que traz um aumento relativo no poder de compra, ampliando a capacidade de consumo tanto no varejo quanto nos serviços”, comenta Guilherme Dietze, consultor econômico da Fecomércio BA.

A inflação no primeiro semestre deste ano foi de 2,46% na Região Metropolitana de Salvador, o menor percentual para o período desde 2020. O economista pontua ainda que “embora os dados de emprego estejam positivos, é necessário destacar os desafios para que haja uma melhora mais consistente. Os aspectos importantes da região são: o alto grau de dependência do programa Bolsa Família e da baixa formação escolar média, ambos trazendo limitações na empregabilidade e de um aumento mais expressivo do rendimento médio”.

Na questão da formação, o Senac, braço educacional do Sistema Comércio BA, tem tido um papel fundamental na inserção de muitos trabalhadores no mercado formal, seja como um entrante, seja como uma reposição e atualização do currículo, através dos diversos cursos profissionalizantes. Segundo o economista, a tendência segue positiva, pois os investimentos estão chegando de forma expressiva no estado, com destaque para a empresa BYD, de veículos elétricos, com produção na região de Camaçari. Além desse, há investimentos na área de Turismo, na indústria hoteleira, na ampliação de farmácias pelo comércio varejista e tudo isso demanda uma carga de trabalhadores, levando a um ciclo de mais oportunidades. Portanto, é o momento de aproveitar a economia com o aumento do consumo e, ao mesmo tempo, tentar consertar os problemas para torná-la um ambiente ainda mais favorável para geração de emprego na Bahia.

 

Imagem de Firmbee por Pixabay

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