A cantora Ludmilla está numa alegria só: a terceira edição do projeto Numanice está um sucesso de vendas e teve esgotados os ingressos nas duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, que vão receber os shows no final do ano. Por aqui, os fãs soteropolitanos comemoram: Salvador é a cidade escolhida para dar início ao projeto, neste sábado (17), às 16h, no Wet.
“Escolher Salvador para abrir a turnê do Numanice 3 foi quase natural para mim. A cidade tem uma energia incrível, uma conexão forte com a música e o pagode, um público que sempre me recebe de braços abertos e ficou ainda mais especial depois do meu encontro com a minha rainha Beyoncé (risos)”, diz a cantora, que encontrou a diva da música pop em dezembro do ano passado numa passagem relâmpago da americana por aqui.
A animação de Ludmilla e o sucesso de venda de ingressos do Numanice contrastam com a frustração que ela teve há três meses, quando precisou cancelar a turnê In The House. Na época, ela foi às redes sociais lamentar: “Fico triste com o cancelamento da turnê porque nasceu com propósito de celebrar os 10 anos da minha carreira com uma entrega digna do que meus fãs merecem”, disse na época. O motivo do cancelamento nunca foi claro, mas chegou a se especular que foi falta de público.
Pagode
Revelada como uma cantora de funk e pop em 2013, Ludmilla arriscou um novo repertório no projeto Numanice, que teve início em 2020 e marcou uma aproximação da cantora com o pagode. Começou com a gravação de um EP que tinha seis canções, como Amor Difícil e Não é Por Maldade. Depois, fez uma turnê com base naquele trabalho e a experiência foi tão bem recebida que está chegando à terceira edição.
“Sinceramente, eu sempre acreditei muito no Numanice, mas não imaginava que ele teria essa repercussão tão grande. A resposta do público foi muito além do que eu esperava. Ter uma turnê própria é um marco na minha carreira, algo que mostra a força do meu trabalho”, festeja a artista.
Segundo Ludmilla, o repertório da nova edição mistura os dois álbuns anteriores com o atual. “A ideia é criar uma experiência única para os fãs. Comparado às turnês anteriores, este show tem uma produção mais robusta, que torna o espetáculo mais rico. A estrutura do show vai crescendo junto com o projeto”.
A cantora diz que neste terceiro volume conseguiu levar a experimentação a um nível mais alto: “Um exemplo bem legal é ‘Falta de Mim’, com a Mari Fernandes. A ideia era pegar um pagode e misturar com piseiro. Acho que essa coragem de experimentar e diversificar sem perder a essência do pagode é o que mais me deixou feliz nesse projeto”.
Admiradora da música produzida na Bahia, Ludmilla gravou com uma artista baiana, Ivete Sangalo, um dos grandes sucessos do Carnaval neste ano, Macetando. Mas ela diz que gostaria de se aproximar mais de artistas locais: “Tenho muita vontade de explorar mais o axé e o pagodão, que são ritmos cheios de energia e alegria. Quanto a colaborações, há muitos artistas talentosos na Bahia com quem eu adoraria trabalhar, mas eu diria o Baco Exu do Blues”.Ludmilla namora a dançarina Brunna Gonçalves, mas prefere não se definir como lésbica ou bissexual. Mas se orgulha de representar mulheres negras e LGBTQIA+: “Acredito que a visibilidade é fundamental para inspirar e empoderar outras pessoas que se identificam com essas comunidades. Quero ser vista como uma artista que não só faz música incrível, mas que também usa sua influência para promover inclusão e diversidade. Numanice, com Ludmilla.
SERVIÇO
Amanhã, 16h. Wet Salvador. Ingressos: R$ 210 | R$ 105 (Arena); R$ 600 (vip), à venda no Sympla
Crédito: divulgação