O presidente Lula sugeriu, na última semana, a convocação de uma nova eleição na Venezuela como uma solução para a crise instalada no país vizinho. O ditador Nicolás Maduro foi reeleito no último mês.
Um grupo de países, incluindo o Brasil, tem pressionado o regime venezuelano a divulgar atas que comprovem a integridade do pleito, mas isso ainda não ocorreu.
De acordo com relatos de participantes da reunião, Lula declarou que o resultado das eleições não poderia ser aceito sem a prova de que foram realizadas de forma justa. Caso contrário, Maduro teria que convocar um novo pleito ou seria eternamente rotulado como ditador.
Durante a reunião ministerial, Lula mencionou que pretendia conversar em breve com os presidentes do México, Andrés Manuel López Obrador, e da Colômbia, Gustavo Petro, sobre a situação em Caracas. Assessores tentaram organizar uma ligação na segunda-feira (12), mas ela não ocorreu.
Os três países têm coordenado esforços diplomáticos conjuntos para tentar resolver a crise na Venezuela. Eles compartilham o fato de serem liderados por líderes de esquerda que mantêm diálogo com o chavismo.
Ao Valor Econômico, o assessor internacional de Lula, Celso Amorim, informou que sugeriu ao presidente a ideia de uma segunda eleição após consultar outros atores internacionais. Amorim também mencionou que Colômbia e México ainda não tinham sido consultados sobre o tema.
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula