Ficou para depois das eleições o depoimento do ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (União Brasil), sobre uma acusação do Ministério Público que o acusa de desviar R$ 26 milhões da Saúde. A audiência estava prevista para o próximo dia 21 de agosto. Além do ex-prefeito, também são réus no processo a ex-secretária de Saúde, Denise Mascarenhas (PL), e o empresário Paulo Cézar Queiroz Rocha, representante da empresa Redesaúde.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o ex-prefeito José Ronaldo e Denise Mascarenhas foram os principais beneficiados de um esquema que desviou cerca de R$ 26 milhões de recursos públicos. O adiamento do interrogatório dos réus foi provocado pela defesa do ex-prefeito José Ronaldo. Eles alegaram que a proximidade das eleições poderia trazer algum prejuízo na disputa.
“A assentada, sendo agendada para data que antecede em 40 dias a data do pleito, traz, sem sobra de dúvidas, prejuízo para a campanha do requerente”, argumentou os advogados Guilherme Neto e Camila Rios. A juíza Gabriela Macedo Ferreira, da 2ª Vara Federal, acatou o pedido de designou nova data para os interrogatórios. Todos deverão ser interrogados no dia 16 de outubro, logo após as eleições. A audiência será às 9 horas, na sede da Justiça Federal em Feira de Santana.
O MPF defende que todo o esquema que gerou as fraudes nos procedimentos licitatórios e o desvio de recursos públicos teve a participação direta do ex-prefeito José Ronaldo e da ex-secretária de Saúde, Denise Mascarenhas.
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