A inflação de julho na Região Metropolitana de Salvador (0,18%) foi resultado de altas nos preços em 7 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. As despesas pessoais tiveram o maior aumento (1,13%) e exerceram a segunda principal pressão inflacionária no mês, puxada com mais força pela hospedagem (7,39%), que apresentou a segunda maior alta entre todos os produtos e serviços pesquisados para compor o IPCA.
Com o segundo maior aumento, os transportes (0,80%) foram os que mais contribuíram para a aceleração da inflação, na RM Salvador, em julho, devido ao seu peso nas despesas das famílias e, portanto, no IPCA. O grupo foi puxado pelas passagens aéreas, que tiveram a maior alta entre todos os produtos e serviços cobertos pelo índice de preços (24,96%) e também exerceram a maior pressão inflacionária individual no mês.
Os aumentos importantes em serviços relacionados ao turismo têm ligação com o fato de julho ser mês de férias escolares em algumas regiões do país, como o Sudeste. A energia elétrica (2,04%) também foi uma pressão inflacionária relevante em julho, na Região Metropolitana de Salvador, puxando a alta do grupo habitação (0,52%). O aumento se deveu à entrada em vigor da bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$ 1,885 a cada 100 kwh consumidos.
Dentre os dois grupos de produtos e serviços do IPCA que mostraram deflação, alimentação e bebidas (-0,67%) foi o destaque, com a maior queda e a principal influência no sentido de segurar o custo de vida em julho, na RMS. Foi a primeira queda média de preços dos alimentos em sete meses (desde novembro de 2023).
Todos os 10 produtos e serviços cujos preços mais diminuíram em julho, na RMS, foram alimentos, liderados por cenoura (-25,95%), tomate (-22,31%) e mamão (-12,56%). Além deles, itens que têm pesos importantes nas despesas das famílias, como a cebola (-9,54%), o biscoito (-1,96%) e o queijo (-1,87%), também contribuíram para puxar o IPCA para baixo. Já no grupo vestuário (-0,22%), a deflação teve maior influência das roupas femininas (-1,12%), sobretudo os vestidos (-2,43%).
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