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BOA PARTE DO SANGUE DOADO AO HEMOBA É DESCARTADO; ENTENDA

João Paulo - 31/07/2024 06:57

Cerca de 6% d e todo sangue doado ao Homoba é descartado no estado. Isso acontece quando o sangue não atinge os parâmetros sanitários estabelecidos. A fisioterapeuta Layla Cupertino, de 32 anos, tem o hábito de doar sangue duas vezes ao ano, desde que se tornou maior de idade. Ao longo de quase 15 anos, a profissional de saúde estima ter feito a doação quase 30 vezes. O procedimento é sempre o mesmo: responde perguntas, passa pela triagem e é direcionada ao local de coleta. Para Layla, o processo termina em minutos. A fisioterapeuta só voltará depois de alguns meses.

É quando os doadores deixam os bancos de coleta, no entanto, que uma série de processos tem início. Até chegar ao receptor, o sangue doado passa por testes estabelecidos pelas autoridades de saúde. São eles que garantem a segurança de quem vai receber o material. A testagem inclui identificação das doenças infectocontagiosas hepatites B e C, HIV, sífilis, doença de chagas e malária.

O material só é considerado apto para doação se os testes derem negativo. Em caso de diagnóstico positivo ou indeterminado, o sangue é descartado. Em junho deste ano, 285 bolsas de sangue foram descartadas na Bahia. A quantidade de material que não pôde ser utilizado representa 6% do total de doações, que foi de 4,7 mil bolsas no mês passado, segundo o Hemoba. O sangue descartado poderia ter ajudado a salvar a vida de até 1.140 pessoas, já que cada bolsa pode ser destinada para até quatro receptores.

“Os procedimentos que os serviços de hemoterapia realizam atendem políticas de biossegurança do Ministério da Saúde. Todo sangue doado é submetido a testagem de doenças que podem ser transmitidas através da transfusão”, explica Aline Dórea, médica hematologista do Hemoba. “A legislação obriga que sejam utilizados métodos muito sensíveis para garantir a segurança de quem vai receber a transfusão”, completa. ( Correio)

Crédito: Marina Silva/CORREIO

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