O ato realizado na abertura das Olimpíadas 2024, no qual um grupo de drag queens aparece representando os apóstolos e Jesus Cristo na Última Ceia, gerou críticas em várias partes do mundo e levou o Comitê Olímpico Internacional (COI) a tornar “indisponível” o vídeo da cerimônia no canal oficial do evento.
Em nota oficial publicada na rede X, a Conferência dos Bispos da França criticou a apresentação. “A cerimônia de abertura pelo COJOP (sigla em francês para o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2024) ofereceu ao mundo inteiro momentos maravilhosos de beleza, alegria, ricos em emoções e saudados universalmente”, diz a nota da mais alta entidade eclesiástica da França. “Infelizmente, essa cerimônia incluiu cenas escárnio e deboche do cristianismo, que nós deploramos profundamente. Nós agradecemos aos integrantes de outras religiões que nos manifestaram sua solidariedade”, acrescenta a nota, resumindo o sentimento predominante entre boa parte dos cristãos do mundo em relação ao ato.
Aqui no Brasil, o cardeal D. Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, também publicou nota no X expressando sua posição em relação à questão. “Para nós, cristãos, não se trata somente de uma obra de arte. Ela retrata o Evangelho e o significado mais profundo e belo da Eucaristia. Será que o deboche a partir da última ceia não reproduz e reforça os preconceitos que se querem combater, fazem sofrer… levaram a violências?”, diz a publicação de D. Odilo.
A porta-voz de Paris 2024, Anne Descamps, comentou em coletiva de imprensa realizada neste domingo, 28 de julho, que nào houve intenção de desrespeitar ninguém. “Claramente, nunca houve a intenção de mostrar desrespeito a qualquer grupo religioso. [A cerimônia de abertura] tentou celebrar a tolerância da comunidade”, disse a porta-voz.
No Brasil, as redes sociais alternaram criticas de grupos políticos vinculados à direita e a defesa de grupos mais vinculados à esquerda.