Segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira (24) pela empresa CrowdStrike, responsável pelo apagão cibernético em todo o mundo na semana passada, o erro ocorreu após um bug no mecanismo de controle de qualidade da empresa de segurança cibernética norte-americana.
O apagão cibernético da última sexta-feira (19) ocorreu porque o Falcon Sensor da CrowdStrike, uma plataforma avançada que protege os sistemas contra softwares maliciosos e hackers, continha uma falha que forçou os computadores que executam o sistema operacional Windows, da Microsoft, a travar e mostrar a “Tela Azul da Morte”.
“Devido a um bug no validador de conteúdo, uma das duas instâncias de modelo passou pela validação, apesar de conter dados de conteúdo problemáticos”, disse a CrowdStrike em um comunicado.
A CrowdStrike não informou quais eram esses dados de conteúdo, nem por que eram problemáticos. A CrowdStrike disse que adicionou uma “nova verificação” ao seu processo de controle de qualidade em uma tentativa de evitar que o problema ocorra novamente.
Uma avaliação da extensão dos danos causados pela atualização defeituosa ainda está sendo feita. No sábado (20), a Microsoft disse que cerca de 8,5 milhões de dispositivos Windows foram afetados, e o Comitê de Segurança Interna da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos enviou uma carta ao presidente-executivo da CrowdStrike, George Kurtz, pedindo que ele preste depoimento aos parlamentares que compõem o colegiado.
A CrowdStrike divulgou informações para corrigir os sistemas afetados na semana passada, mas os especialistas disseram que colocá-los novamente online levaria tempo, pois seria necessário eliminar manualmente o código defeituoso.
(Terra)
Foto: Money SHARMA / AFP