Fechado no início de 2020, o antigo Colégio Odorico Tavares, no Corredor da Vitória, movimenta interesses tanto do mercado imobiliário quanto do Governo do Estado. Desde a gestão do ex-governador Rui Costa (PT), rumores do possível leilão da área circundam o Governo do Estado. Localizado em uma das áreas mais valorizadas da capital baiana, o terreno de 5 mil m² é alvo da ambição de grandes construtoras, mas o interesse do governo em vendê-lo acaba esbarrando numa onda de críticas contra o estímulo da especulação imobiliária na região.
De acordo com a assessoria de imprensa da Casa Civil, que conversou com nossa equipe, o Governo do Estado tem como primeira hipótese realizar a alienação do imóvel para só então seguir com o leilão da área. O processo de alienação consiste em utilizar o bem, ou no caso, imóvel, como garantia para quitar uma dívida. Essa é uma alternativa muito comum no mercado imobiliário para a liberação de um imóvel, tendo como credor o banco que financia ou a própria construtora.
Em relação para quê, ou quem, a área seria vendida, por qual quantia a transação seria realizada, e para qual finalidade o terreno seria utilizado, a entidade explica que ainda não é possível dar previsões, já que isso dependeria do processo de alienação. “Ainda não tem como fazer essa projeção em relação a valores. Como o governo trabalha com essa primeira hipótese de alienação, não há como saber para qual finalidade a área será utilizada”, declarou o assessor Lino Carneiro.
No fim do ano passado, o secretário estadual da Casa Civil, Afonso Florence, deixou escapar para a imprensa que o governador Jerônimo Rodrigues incluiria este eventual leilão do Odorico Tavares nas discussões para este ano, o que ainda não ocorreu, e, apesar do interesse, parece não haver previsão certa. Segundo Carneiro, o Governo do Estado “segue realizando o monitoramento de mercado, realizando estudos para dar uma nova destinação que atenda ao interesse público”.