O presidente Lula (PT) foi objeto de monitoramento pelo governo dos Estados Unidos, que gerou pelo menos 819 documentos totalizando 3.300 páginas entre 1966 e 2019. Esses dados foram revelados pelo jornal Folha de S. Paulo.
Os documentos abrangem registros sobre planos militares brasileiros e informações relacionadas à produção nacional de petróleo. Eles detalham as interações de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), autoridades do Oriente Médio e da China. No entanto, não há registros do atual mandato de Lula, iniciado em 2023, nos documentos analisados.
O jornalista Fernando Morais, biógrafo do presidente, obteve essas informações através da Lei de Acesso à Informação (LAI) americana, solicitando relatórios, e-mails, cartas, minutas de reuniões, registros telefônicos e outros documentos dos órgãos de inteligência dos EUA. Os primeiros pedidos datam de 1966, quando Lula começou sua carreira como torneiro mecânico no ABC Paulista e se envolveu no movimento sindical.
A CIA, agência de inteligência dos EUA, foi responsável pela maior parte dos documentos, produzindo 613 relatórios que totalizam aproximadamente 2.000 páginas sobre Lula. Além disso, houve contribuições de outros órgãos como o Departamento de Estado, a Agência de Inteligência da Defesa, o Departamento de Defesa, o Exército Sul dos Estados Unidos e o Comando Cibernético do Exército.
Esses registros lançam luz sobre a extensão do monitoramento realizado pelas agências de inteligência americanas sobre a figura de Lula ao longo de décadas.
Foto: Ricardo Stuckert / PR
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