A PetroReconcavo, empresa com sede na Bahia, e a 3R Petroleum estão em negociação e podem criar uma joint venture na área de infraestrutura logística. As duas empresas são interdependentes e têm um acordo para compartilhar a infraestrutura de escoamento, compressão, medição e processamento de gás natural da 3R na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte. E chegaram a negociar uma fusão no início do ano, mas não deu certo e a 3R Petroleum terminou por fazer a fusão com a Enauta.
As negociações agora são para escolher um novo caminho. Ou seja: estender o contrato que já existe, o que envolveria definir um teto para o preço de desconto cobrado da PetroReconcavo ou criar uma joint venture na área de infraestrutura logística.
A PetroReconcavo depende da infraestrutura da 3R para escoamento e tratamento de gás explorado na região. Hoje, a 3R não usa a capacidade máxima instalada, o que poderia motivar um acordo para infraestrutura logística. Além disso, a PetroReconcavo vende petróleo para refino nas instalações da 3R. As paradas de manutenção no ativo Polo Potiguar da 3R no fim do ano passado causaram um impacto negativo de R$171 milhões para a PetroReconcavo no quarto trimestre, sendo R$ 128 milhões na receita líquida e R$ 43 milhões de custos extraordinários.
Nas conversas iniciadas, ficou definido um período de exclusividade de 30 dias para as negociações.