O município de Barreiras, comandado há 8 anos pelo prefeito Zito Barbosa (União Brasil), possui o maior endividamento entre as prefeituras baianas e tem pouco mais de 5% das receitas livres para investimento. Portanto, o próximo prefeito da cidade do oeste baiano encontrará problemas financeiros na gestão municipal.
A dívida consolidada líquida, até 30 de abril de 2024, era de R$ 751.921 milhões, diante de uma receita consolidada líquida de R$ 795.216 milhões, comprometendo 94,56% dos recursos do município conforme os dados do painel de endividamento dos entes subnacionais do Tesouro Nacional.
Em janeiro de 2017, a dívida pública de Barreiras era 11 vezes menor, em torno de R$ 68,3 milhões, ou 12,92% das receitas à época. Já os recursos que contabilizavam cerca de R$ 528,6 milhões cresceram pouco mais de 50%. Em compensação, o município aumentou suas despesas em mais de 1.000%.
De acordo com economista e professor do curso de Economia da Universidade Federal do Oeste, George Lelis, em declaração ao Portal A Tarde, a situação das contas da administração municipal hoje pode ser comparada a uma pessoa que recebe R$ 1 mil reais de salário e precisa pagar dívidas de R$ 900.
“Agora entra em uma fase de pegar empréstimos atrás de empréstimos, uma bola de neve que vai impactar na vida daqueles que mais precisam dos serviços municipais, principalmente na saúde e educação”, esclarece Lelis, que também é economista do Instituto de Economia e Negócios.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Barreiras.
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