A Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) promoveu uma visita guiada com pessoas com deficiência (PCDs), convidadas tanto da sociedade civil quanto da própria Prefeitura, na Estação BRT Lapa, na quinta-feira (4). O objetivo de mostrar a acessibilidade do sistema BRT e obter feedback sobre suas experiências e necessidades.
De acordo com o secretário da Semob, Fabrizzio Muller, uma das premissas do BRT Salvador é trazer mais acessibilidade para o sistema de transporte do município. “Os veículos possuem piso baixo e contribuem no embarque e desembarque. Ademais, todas as estações contam com rampas, elevadores e equipamentos que permitem o acesso dos passageiros especiais com conforto, autonomia e segurança”, informou.
A diretora de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (Sempre), Daiane Pina, afirmou que a iniciativa é uma forma de legitimar o respeito que a Prefeitura tem para com o segmento das pessoas com deficiência em relação à mobilidade. “Quanto mais acessibilidade proporcionarmos, mais garantimos os direitos das pessoas com deficiência”, pontuou.
Um dos convidados para o passeio, o cadeirante e servidor público Tiago Silva disse que se sentia muito mais livre e à vontade com a acessibilidade e modernidade proporcionada pelo BRT, exaltando a importância da visita guiada. “Infelizmente, nós, pessoas com deficiência, não somos escutados. Então é importantíssimo o BRT, junto com a secretaria, estar trazendo a nós, PCDs, para termos a percepção do que foi feito, do que está para ser feito e do que pode ser melhorado em relação à mobilidade”, avaliou.
Também convidado para o evento, Lucas Jambeiro, surdo e paratleta da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), disse que a iniciativa é importante para que se possa pensar estratégias para melhorar a comunicação para surdos. “Nesse sentido, precisa haver alguém que saiba Libras para uma interação eficaz ou um QR Code para que pessoas sem habilidade em Libras possam acionar intérpretes. Para isso, é imprescindível que haja conexão à internet para essa comunicação”, avalia.
Foto: Bruno Concha/Secom PMS