Dados divulgados, nesta terça-feira (25), de pesquisa feita pela CropLife Brasil (CLB), revelaram que o mercado de bioinsumos, que inclui produtos de controle, inoculantes, bioestimulantes e solubilizadores, cresceu 15% na safra 2023/2024, no Brasil, em comparação à safra anterior. Os produtos biológicos agrícolas registraram vendas de R$ 5 bilhões, considerando o preço final para o agricultor.
O diretor-presidente da CropLife Brasil, Eduardo Leão, destacou o aumento expressivo do mercado, com a manutenção da taxa média anual de crescimento quatro vezes maior em relação à global.
“O último ano foi desafiador para a indústria de insumos agrícolas como um todo. Apesar disso, o segmento de bioinsumos agrícolas manteve o ritmo de crescimento, motivado pela relação custo-benefício do produto e pela sinergia de adoção com outras tecnologias agrícolas. Isso motivou o aumento dos investimentos em inovação e a ampliação do portfólio de novos produtos,” analisou o CEO.
Nos últimos três anos, o mercado de bioinsumos agrícolas no Brasil cresceu a uma taxa média anual de 21%, percentual quatro vezes acima da média global.
A área tratada no Brasil com proteção de cultivos (químicos ou biológicos) cresceu 15% em relação à safra 2021/2022. Nessa mesma área, a adoção de bioinsumos agrícolas cresceu acima de 35%, uma participação total na safra 2022/2023 de 12%, diz a entidade.
Entre os principais cultivos, do total de uso de bioinsumos no Brasil 55% são destinados a soja; 27%, a milho; 12%, a cana-de-açúcar; e 6% a algodão, café, citrus e hortifruti (HF). Mato Grosso foi o estado de maior uso de produtos biológicos agrícolas, com 33,4% do valor total.
Foto: Ilana Paiva/CropLife Brasil.