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ALTA NOS SERVIÇOS FAZ BRASIL BATER RECORDE DE PESSOAS OCUPADAS EM 2023

João Paulo - 24/06/2024 10:00

Segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, o Brasil superou a marca de 100 milhões de pessoas ocupadas pela primeira vez na série histórica iniciada em 2012 pelo. O número (100,7 milhões) representa 57,6% da população com idade para trabalhar no país. Também vem crescendo, nos últimos anos, a porcentagem de trabalhadores ocupados que têm ensino superior completo. Mesmo assim, o grupo ainda é minoria: 23,1%, ou seja, aproximadamente um a cada quatro brasileiros.

Os dados são da Pnad Contínua sobre características adicionais do mercado de trabalho em 2023, que foram divulgados na última sexta-feira (21). A série não tem dados de 2020 e 2021 por causa da redução da taxa de resposta durante a pandemia de coronavírus. Para o economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), esse cenário pode ser explicado, em parte, pelo “boom” de serviços nos últimos anos. “As pessoas tinham diminuído muito o consumo de serviços, mas, em 2022 e 2023, a gente viu uma alta que não se via há muito tempo e que gera empregos. Estamos falando de grandes eventos, casamentos, restaurantes, tudo isso”, avalia em entrevista ao portal g1.

O levantamento do IBGE mostra ainda que o mercado de trabalho no país segue em expansão, após recuperar, em 2022, os indicadores de antes da pandemia (2019). O número de pessoas ocupadas em 2023 foi 1,1% mais alto do que o de 2022, o recorde anterior para a série. Apesar do contingente recorde de 100,7 milhões de pessoas ocupadas em 2023, o percentual que este número representa em relação ao total de brasileiros com idade para trabalhar (14 anos ou mais) não é o maior desde o início da Pnad Contínua, em 2012.

Em 2023, a população em idade para trabalhar foi estimada em 174,8 milhões de pessoas, sendo que 57,6% (100,7 milhões) estavam ocupadas. O percentual recorde é de 2013, quando 58,3% da população em idade para trabalhar estava ocupada no país. Na sequência, esse percentual começou a cair e chegou ao seu menor patamar (55,4%) em 2017. “Depois de 2013, o Brasil entrou naquele período de crise econômica, impeachment [de Dilma Rousseff] e tudo mais. Em 2017, tivemos o menor nível de ocupação, mas, felizmente, o Brasil entrou em uma recuperação e o percentual subiu”, explica William Araújo Kratochwill, analista de pesquisa do IBGE.

Foto: Pexels

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