Os festejos juninos estão entre os momentos mais esperados do ano para quem gosta de viajar, de dançar, e das comidas típicas nordestinas. Esse ano, a estimativa de injeção na economia na Bahia durante as comemorações de Santo Antônio, São João e São Pedro é de R$ 2 bilhões, segundo a Secretaria de Turismo do Estado (Setur). Setores como: roupas, comidas e bebidas típicas, hotelaria, transporte e até escolas de dança são responsáveis pela movimentação econômica. As escolas de forró, por exemplo, têm um incremento em até 70% no número de interessados que querem aprender a dançar nesse período.
“O forró é uma dança democrática com grande quantidade de praticantes com diferentes idades e de diversos lugares do Brasil. A busca de mais alunos (as) interessados, que pensam que a dança é só para o período junino, intensifica a procura por aulas de forró começando em maio e indo até setembro. Para além desse trabalho, o foco é trazer o forró para o novo público com ações, como eventos, bailes e festivais, no ano todo. Também temos procura de pessoas querendo aprender a dança inclusive durante o carnaval, como os estrangeiros” destaca Jacqueline Cintra, 36 anos, professora e sócia da Ecoar Escola de Dança.
Nas aulas de forró, os primeiros passos são dedicados aos movimentos básicos e iniciais, incluindo alongamentos preparando o corpo. Em seguida, os alunos (as) se preparam para aprender a conduzir ou ser conduzidos (as) na dança, um treino fundamental para o ritmo envolvente do forró. Os movimentos característicos do forró começam a ser ensinados, permitindo que os alunos se familiarizem com o ritmo e variações musicais dos estilos, como xote, xaxado, baião e outros. Além de desenvolver habilidades de dança, essas aulas desempenham um papel vital na socialização, promovendo a interação e a conexão entre as pessoas, e no desenvolvimento do corpo e mente de quem participa.
Nesse sentido, dançar se torna uma ferramenta terapêutica. É o caso da pedagoga Daiane Carvalho, 43 anos, que participa de aulas de forró desde janeiro de 2023 após indicação da psicóloga. “Faço terapia desde 2019 e nesse processo de autoconhecimento, fui orientada a fazer uma atividade lúdica e que gostasse, com o intuito de trabalhar pontos que mereciam atenção especial. Além de ser uma forma de expressão corporal, me auxiliou no despertar da minha feminilidade, ao perceber que posso ser conduzida e não preciso dar conta de tudo sozinha” ressalta a pedagoga. Quer aprender a dançar forró? Na Ecoar, as aulas ocorrem de segunda à quinta-feira, das 18h20 até 19h20 e das 19h30 às 20h30, e aos sábados, das 10h às 12h e das 15h às 17h.