Foi realizada pela Secretaria das Mulheres do Estado (SPM), nesta sexta-feira (14), uma reunião com representantes da Cooperativa Agropecuária Mista Regional de Irecê (Copirecê) e da Rede de Agroecologia Povos da Mata, para discutir ações que visem promover, cada vez mais, a inclusão socioprodutiva e a autonomia econômica das trabalhadoras e trabalhadores da Agricultura Familiar.
A secretária das Mulheres, Elisangela Araújo, dialogou com a presidenta da Copirecê, Zeni Vieira, e com a articuladora da Rede de Agroecologia, Paula Ferreira, e avaliaram, dentre outras iniciativas, a oferta de capacitação profissional, incluindo o recorte de gênero, para homens e mulheres do campo.
“É um privilégio receber essas duas mulheres, que desenvolvem um trabalho grandioso junto a milhares de agricultoras e agricultores familiares na Bahia. Aqui, estamos estabelecendo parcerias para fortalecer as nossas políticas públicas e avançarmos na equidade de gênero e qualificar, cada vez mais, a participação da mulher na produção de alimentos”, explicou Elisangela.
A Copirecê tem 54 anos de fundação e envolve quatro mil produtores, de 500 famílias na produção de milho não transgênico. Dentre os produtos estão flocão, fubá, creme, canjiquinha, curau e xerém, que são comercializados na Bahia, em vários estados brasileiros e no exterior.
Para Zeni Vieira, primeira presidenta da Copirecê, há uma demanda crescente por capacitação das trabalhadoras e dos trabalhadores da Agricultura Familiar. “Ao falarmos de capacitação com a SPM, estamos focando no empoderamento e na autonomia das mulheres do campo. Ao mesmo tempo, trabalhar questões de gênero é fundamental em um ambiente com predominância masculina”.
Já a Rede de Agroecologia Povos da Mata tem 1.200 famílias de agricultoras e agricultores familiares certificadas para a produção de orgânicos, a exemplo de frutas, verduras, hortaliças e grãos, em 22 Territórios de Identidade da Bahia. Também são certificadas 22 Agroindústrias que atuam com processamento. Para Paula Ferreira, a parceria com a SPM é fundamental para a qualidade do trabalho no campo. “No nosso trabalho, buscamos o equilíbrio das relações entre homens e mulheres do campo. Não se faz agroecologia sem mulheres e o enfretamento ao machismo e todas as formas de violência é fundamental. A SPM é uma parceria nessa construção pela equidade de gênero”, pontuou a articuladora da Rede de Agroecologia.
Foto: Adriana Ituassu / Ascom SPM.