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COORDENADOR GERAL DA FUP: “BAHIA DEVE ASSUMIR PROTAGONISMO NA PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO VERDE”

Hugo Leite - 10/06/2024 19:47 - Atualizado 10/06/2024

O workshop “Bahia, Estado Sede do Refino Verde no Mundo”, realizado, nesta segunda-feira (10), teve a a participação de de figuras de relevo no cenário da indústria baiana e nacional e debateu sobre as fontes energéticas alternativas. O evento foi promovido pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), com o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP) e com a própria FIEB.

“O estado da Bahia tem tudo para assumir um protagonismo na produção de hidrogênio verde e de seus derivados. Hoje estamos dando o pontapé inicial para que a Bahia se torne o estado sede do refino verde no mundo”, festejou Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP, entidade que luta pela transição energética justa no País.

Mediadora de uma das mesas de discussões, a CEO da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), Fernanda Delgado, destacou que é preciso trazer com urgência o Brasil para a nova ordem econômica mundial verde. “Não queremos competir com os combustíveis fósseis. Queremos complementar a matriz energética de nosso país”, frisou.

Para o presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos, esse tema é importante não só para a Bahia, mas para todo os países. “Estivemos recentemente numa feira sobre hidrogênio verde em Roterdã (Holanda) e percebemos que o hidrogênio já é uma fonte importante de energia para a Europa. Há uma clareza acerca da necessidade desse insumo para a produção energética mundial. Não podemos mais só estudar, temos de agir. Os países do Norte da África já estão prestes a assumir um papel que nos cabe”, disse o presidente da FIEB.

Representando o governo do estado, o secretário de Desenvolvimento Econômico Ângelo Almeida lembrou as adversidades que foram vencidas para que a Bahia se tornasse uma das referência mundiais na produção de energia solar e eólica.

“Vai ser preciso que a Petrobras assuma o papel de âncora para atrair as empresas nacionais e internacionais para participar desse projeto fundamental. É mandatório que a Bahia assuma o seu papel. A Bahia será a Arábia Saudita dessa nova matriz energética chamada hidrogênio verde”, pontuou o secretário, voltando a frisar que os projetos de energia solar e eólica desenvolvidos na Bahia situam hoje o estado como um dos mais promissores para a consolidação de uma transição energética.

O ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, apresentou o painel “Programa Nacional de Hidrogênio – PNH2 e o Nordeste”, e destacou que não há como se pensar uma política de hidrogênio sem a participação da Petrobras. “Estamos discutindo a questão do hidrogênio verde porque estamos num contexto de discussão da transição energética. E a transição energética deve ocorrer basicamente em função das emissões de carbono que estamos fazendo e que vão acabar provocando o aquecimento global. Não podemos admitir que ele cresça mais do que está crescendo porque senão nós iremos enfrentar novos fenômenos catastróficos no mundo”

Gabrielli lembrou que há hoje no mundo pouca diferença na legislação entre o hidrogenio verde e hidrogênio de baixo carbono. E acrescentou que a transição energética vai exigir que troquemos os combustíveis fosseis pelos renováveis, mas se não houver armazenamento de energia eólica e solar, não resolveremos os problemas de transmissão. “Para maximizar a geração, teremos de incentivar a geração e o consumo num mesmo subsistema de distribuição”, destacou.

Foto: Divulgação.

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